
Era pra ser só mais uma corrida rotineira — dessas que acontecem aos milhares todo dia. Mas o que começou como um serviço comum terminou em pesadelo para pelo menos duas mulheres em Mato Grosso. O motoboy, que atendia por aplicativos populares, transformou o banco de trás da moto em cenário de terror.
Segundo as vítimas — que tiveram coragem de romper o silêncio —, o homem aproveitava a vulnerabilidade delas durante os trajetos. "Parecia gente boa no começo, até que tudo mudou", relatou uma das passageiras, ainda sob o impacto.
O golpe do "desvio"
O modus operandi? Sempre similar. O suspeito alegava necessidade de mudar o caminho por conta de trânsito ou obras — e aí, em ruas desertas, cometia os abusos. Quem diria que o celular no bolso, aquele que deveria garantir segurança, se tornaria cúmplice involuntário?
A delegada responsável pelo caso — que prefere não se identificar — foi enfática: "Temos relatos detalhados e provas consistentes". A prisão aconteceu após semanas de investigação discreta, com policiais até simulando corridas para pegar o acusado no flagra.
- Perfil do detido: homem de 32 anos, sem antecedentes criminais
- Tempo de atuação: cerca de 8 meses nas plataformas
- Classificação média: 4.7 estrelas (sim, você leu certo)
E agora, quem confia?
O caso escancara a velha discussão sobre a falsa sensação de segurança que os aplicativos vendem. "Cadastro verificado" não significa "anjo da guarda", como bem sabemos. As empresas envolvidas se pronunciaram — aquela lenga-lenga padrão de "repúdio" e "cooperação com as autoridades".
Enquanto isso, nas ruas de Cuiabá, o clima é de desconfiança. "Vou pensar duas vezes antes de aceitar corrida de moto", confessou uma usuária frequente, enquanto ajustava o capacete. E você? Já parou pra pensar nos riscos que a gente ignora no dia a dia?
PS: Detalhe macabro — o sujeito ainda tinha a cara de pau de pedir 5 estrelas depois dos crimes. Tem cada coisa nesse mundão, não?