Uma operação policial no Rio Grande do Sul resultou na prisão da responsável por um lar de idosos que funcionava de forma irregular mesmo após ser interditado pelas autoridades sanitárias. A ação, que investiga denúncias de maus-tratos contra os idosos, ocorreu na última terça-feira (28) e expõe uma situação alarmante de vulnerabilidade.
Funcionamento clandestino após interdição
O estabelecimento, localizado na região metropolitana de Porto Alegre, havia sido interditado pela Vigilância Sanitária, mas continuava operando normalmente, mantendo idosos em condições completamente inadequadas. Segundo as investigações, o local não possuía autorização para funcionamento e descumpria uma série de normas básicas de segurança e higiene.
A responsável pelo lar, identificada como uma mulher de 52 anos, foi presa em flagrante pelos crimes de maus-tratos e exercício ilegal da profissão. Ela era a única pessoa cuidando dos idosos no momento da operação, mesmo sem possuir qualificação adequada para tal função.
Condições precárias e risco à saúde
Durante a ação, os policiais encontraram um cenário preocupante:
- Falta de higiene básica nas instalações
- Ausência de profissionais qualificados para o cuidado dos idosos
- Estrutura física inadequada e com riscos de acidentes
- Medicações sendo administradas sem supervisão médica
"Os idosos estavam em situação de total vulnerabilidade, sem os cuidados mínimos necessários para sua saúde e dignidade", relatou um dos investigadores envolvidos na operação.
Operação de resgate e novos encaminhamentos
Os idosos que estavam no local foram encaminhados para unidades de saúde para avaliação médica e, posteriormente, transferidos para outros abrigos regularizados. O Ministério Público já instaurou procedimento para apurar a situação e responsabilizar os envolvidos.
Esta não é a primeira denúncia envolvendo o estabelecimento, que já havia recebito notificações anteriores por irregularidades. A persistência no funcionamento ilegal levou à ação mais enérgica das autoridades.
A caso serve como alerta para a importância da denúncia por parte da população quando há suspeita de maus-tratos em instituições que cuidam de pessoas idosas. A operação continua em andamento para investigar possíveis outros envolvidos.