
Um caso que mistura conflito familiar e crime financeiro está sendo investigado pela Polícia Civil do Tocantins. A Delegacia de Proteção ao Idoso apura denúncia de que uma filha teria realizado um empréstimo de R$ 17 mil no nome da própria mãe, uma idosa de 74 anos, sem sua autorização.
De acordo com as investigações, o valor foi utilizado para custear as despesas do casamento da suspeita. A situação veio à tona quando a idosa recebeu uma notificação do banco sobre a dívida contraída em seu nome.
Como o esquema foi descoberto
A idosa compareceu à delegacia na última quinta-feira (16) bastante abalada. Ela relatou aos investigadores que foi surpreendida pela comunicação bancária sobre um empréstimo consignado que nunca havia solicitado.
"A vítima afirmou que não autorizou a contratação do empréstimo e sequer tinha conhecimento da existência dessa dívida", explicou o delegado responsável pelo caso.
Investigações em andamento
A Polícia Civil já instaurou inquérito para apurar o caso como estelionato. As investigações estão concentradas em:
- Como a suposta autora conseguiu acessar os dados e documentos da mãe
- Se houve falsificação de assinatura ou uso de aplicativo bancário sem consentimento
- O destino específico do dinheiro obtido ilegalmente
Os investigadores trabalham com a hipótese de que a filha utilizou o valor integralmente para pagar fornecedores e despesas relacionadas à sua festa de casamento.
Proteção aos idosos
Este caso reforça a importância dos mecanismos de proteção aos idosos contra abusos financeiros. Especialistas alertam que situações envolvendo familiares são particularmente complexas, pois as vítimas muitas vezes relutam em denunciar.
"Infelizmente, casos de apropriação indébita envolvendo idosos são mais comuns do que se imagina. Muitas vezes, os agressores são pessoas próximas que se aproveitam da confiança e, em alguns casos, de vulnerabilidades", comenta uma assistente social que atua na proteção à terceira idade.
A polícia orienta que familiares fiquem atentos a qualquer movimentação financeira incomum e que denunciem imediatamente casos suspeitos às autoridades.