
Um silêncio pesado paira sobre o Jacintinho, quebrado apenas pelas sirenes da justiça. E dessa vez, o alvo não é um criminoso comum – é um homem que jurou proteger, mas que agora enfrenta as acusações mais sombrias.
Um aposentado da Polícia Militar, cuja identidade ainda não foi totalmente revelada, foi preso em flagrante na tarde desta segunda-feira (8). A acusação? Estupro de vulnerável. A vítima? Uma criança de apenas 10 anos, uma inocência brutalmente interrompida.
Pois é, a vida prega umas peças terríveis. Quem diria que a farda que um dia representou segurança, hoje mancha a instituição com uma suspeita dessa magnitude.
Como tudo aconteceu?
Segundo as primeiras informações que circularam entre os delegados, o crime teria acontecido dentro da própria casa do suspeito, localizada no coração do Jacintinho. A criança, uma menina, foi levada para o local sob um pretexto que as autoridades ainda investigam.
Não demorou para que o boletim de ocorrência fosse registrado. A Polícia Civil agiu rápido – muito rápido, diga-se de passagem. Eles conseguiram localizar e prender o ex-PM ainda no mesmo dia. Agilidade que, convenhamos, é rara, mas mais que bem-vinda num caso desses.
"É um caso que revolta qualquer um", comentou um agente que preferiu não se identificar. "A gente espera sempre o melhor de quem serviu, mas quando o pior acontece, a decepção é imensurável."
E agora, o que acontece?
O preso já deve ter passado pela audiência de custódia. A tendência? Ficar atrás das grades, é claro. Crimes assim não têm perdão fácil, ainda mais com a credibilidade de uma testemunha tão jovem.
Ele responderá pelo artigo 217-A do Código Penal – estupro de vulnerável. A pena? Pode chegar a 15 anos de prisão. E olhe lá. Dificilmente um juiz será brando com uma acusação tão grave envolvendo uma criança.
A PM já se manifestou, dizendo que repudia veementemente o caso e que vai cooperar com as investigações. Mas a pergunta que fica é: até onde vai a responsabilidade de quem um dia vestiu a farda?
Enquanto isso, a pequena vítima recebe acompanhamento. Ainda bem. O trauma de uma violência dessas é algo que nenhuma criança deveria carregar.
O bairro segue em choque. Um misto de indignação e tristeza. Mais um caso que mancha a história de uma comunidade já tão castigada pela violência.