Criança de 3 anos sofre racismo em creche de Ribeirão Preto: mãe relata agressão verbal e emocional
Criança de 3 anos sofre racismo em creche de Ribeirão Preto

Um caso de racismo envolvendo uma criança de apenas 3 anos está causando indignação em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A pequena aluna de uma creche municipal tornou-se vítima de agressões verbais com conotação racial, conforme denúncia feita pela própria mãe.

O relato angustiante da mãe

De acordo com o depoimento emocionado da mãe, sua filha chegou em casa repetindo palavras ofensivas que ouviu na escola. A criança pequena, que sequer compreende o significado das ofensas, já reproduzia discursos de ódio aprendidos no ambiente que deveria ser de proteção e acolhimento.

A reação da família e da escola

A família não mediu esforços para buscar justiça. Imediatamente após tomar conhecimento dos fatos, a mãe registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Ribeirão Preto. Além disso, protocolou uma representação junto ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP).

A Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto já se manifestou sobre o caso, afirmando que "repudia veementemente qualquer tipo de discriminação" e que está acompanhando as investigações. A pasta garantiu que está prestando todo o suporte necessário à criança e à família.

Um problema que vai além dos muros da escola

Este caso evidencia uma triste realidade: o racismo estrutural atinge até mesmo as crianças mais novas, comprometendo seu desenvolvimento emocional e sua autoestima. Especialistas alertam que episódios como este podem causar traumas profundos e duradouros.

O que diz a lei

No Brasil, o racismo é considerado crime inafiançável e imprescritível pela Constituição Federal. A Lei 7.716/89 define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Como combater o racismo na educação infantil

  • Implementação de formação continuada sobre relações étnico-raciais para educadores
  • Inclusão de materiais didáticos que representem a diversidade brasileira
  • Criação de canais de denúncia acessíveis nas instituições de ensino
  • Promoção de debates sobre antirracismo desde a primeira infância

Este caso em Ribeirão Preto serve como alerta para a urgência de políticas educacionais mais efetivas no combate ao racismo. A educação antirracista precisa começar cedo, pois as crianças aprendem tanto o preconceito quanto o respeito desde os primeiros anos de vida.