
Numa cena de tensão e determinação, dezenas de catadores de materiais recicláveis literalmente trancaram os portões do principal aterro sanitário de Teresina nesta terça-feira. O protesto, que começou nas primeiras horas da manhã, paralisou completamente o acesso ao local - e olha que não foi pouco barulho que fizeram.
Carros de lixo municipais, caminhões de empresas privadas e até veículos de pequenas empresas tiveram que fazer uma volta gigantesca. Imagina o caos no trânsito? Pois é, foi bem isso mesmo.
O que está por trás da revolta?
O coração da questão é simplesmente a sobrevivência. Esses trabalhadores - sim, trabalhadores, porque reciclagem é trabalho digno - receberam informações de que o aterro pode ser desativado em breve. E aí, me diz: o que será deles?
"A gente não quer esmola, quer trabalho", gritava uma das líderes do protesto, com a voz embargada pela emoção. É exatamente isso. Eles não estão pedindo migalhas do governo - querem garantias de que não serão abandonados à própria sorte.
Os três pilares da revindicação:
- Diálogo imediato com a prefeitura sobre o futuro do aterro
- Garantia de que não perderão seu sustento
- Inclusão em qualquer plano de transição que venha a ser feito
O que mais dói nessa história toda é que muitos desses catadores dependem exclusivamente desse trabalho para colocar comida na mesa dos filhos. Não é hobby, não é bico - é vida.
Do outro lado, a prefeitura diz que está estudando "alternativas mais modernas" para o tratamento do lixo. Modernidade é ótimo, claro, mas e as pessoas? Será que alguém parou para pensar nelas?
Enquanto isso, o protesto continua. E a cidade inteira sente o impacto - literalmente, com o lixo se acumulando em alguns pontos. Talvez seja necessário sentir na pele o problema para valorizar quem sempre trabalhou na sombra, né?