Tragédia em Gaza: Bebê morre nos braços da mãe após desnutrição extrema
Bebê morre de fome em Gaza nos braços da mãe

Era para ser apenas mais um dia em Gaza. Mas, para uma mãe palestina, tornou-se o pior pesadelo possível. Seu bebê, frágil como um pássaro, morreu em seus braços — tão leve que pesava menos do que quando nascera. A guerra, aquela maldita guerra, roubou-lhe até o direito de ver seu filho crescer.

Você já segurou um recém-nascido? Sabe como são quentinhos, cheios de vida? Pois essa criança — cujo nome talvez nunca saibamos — definhava dia após dia. A falta de comida, de remédios, de esperança. Gaza virou um inferno a céu aberto, e os mais fracos pagam o preço mais alto.

Números que doem

Segundo relatos de médicos no local, a situação é desesperadora:

  • Mais de 20 crianças morreram de fome nas últimas semanas
  • Hospitais funcionam com 10% da capacidade
  • Um quilo de arroz custa o equivalente a um dia de trabalho

"É como assistir a um filme de terror em câmera lenta", desabafa um voluntário da ONU, que pede para não ser identificado. "A cada bebê que perdemos, morre um pedaço da humanidade."

Enquanto isso, o mundo discute geopolítica em salas com ar-condicionado. Enquanto isso, mães enterram filhos pequenos demais para caixões. A ironia? Todos sabem da crise. Todos veem as imagens. Mas a ajuda humanitária ainda patina em burocracias e interesses.

O peso do silêncio

A mãe — vamos chamá-la de Amina — não chorou quando nos contou. Seus olhos estavam secos, gastos. "Ele parou de mamar há três dias", disse, acariciando o xale vazio. "Sabia que ia acontecer. Todo dia, ele ficava mais leve."

Pense nisso: saber que seu filho está morrendo e não poder fazer nada. Nem um copo de leite, nem uma injeção de vitaminas. Gaza virou uma prisão a céu aberto, e as crianças são as primeiras vítimas.

Enquanto escrevo isso, chove em São Paulo. Lá, o céu está seco — como os seios das mães que não podem amamentar. A vida segue desigual, cruel. E histórias como essa se repetem, em silêncio, enquanto o mundo olha para outro lado.