Jovem de 18 anos perde a vida em racha; acusado vai a júri popular em Piracicaba
Racha causa morte de jovem de 18 anos; acusado vai a júri

Era uma noite como qualquer outra na Rodovia SP-127, em Piracicaba, até que o barulho de pneus cantando no asfalto e motores acelerados ao extremo mudou tudo. De repente, o que era diversão para alguns se transformou em pesadelo – e em tragédia para uma família.

No dia 10 de setembro de 2025, um jovem de apenas 18 anos perdeu a vida de forma brutal. Tudo por causa de uma suposta corrida ilegal, um daqueles rachas que a gente sempre ouve falar e que, invariavelmente, termina mal.

O motorista acusado de participar dessa corrida maluca – e de causar a morte do adolescente – agora vai encarar o Tribunal do Júri. A decisão saiu da 2ª Vara Criminal de Piracicaba, e não vai ser um julgamento qualquer. Vai ser a sociedade, através de sete pessoas comuns, que vai decidir sobre seu destino.

Os detalhes que chocam

Segundo as investigações, o acusado pilotava um Honda Civic preto – e não estava sozinho na via. Havia outro carro, um Fiesta, e os dois estariam disputando uma perigosa corrida de rua. O que ninguém esperava é que a brincadeira de mau gosto terminasse com o Civic saindo da pista e colidindo contra uma árvore.

O jovem de 18 anos, que era passageiro do veículo, não resistiu aos ferimentos. Uma vida inteira pela frente, interrompida em um piscar de olhos.

E sabe o que é pior? O motorista do outro carro envolvido, o tal Fiesta, fugiu do local sem prestar socorro. Até hoje não foi identificado – mais um elemento triste nessa história.

O longo caminho até o júri

O processo judicial já rola há tempos. Desde 2022, pra ser exacto. Agora, três anos depois do ocorrido, a justiça decidiu que o caso tem complexidade e gravidade suficientes para ser julgado por um júri popular.

Isso significa que o Ministério Público acredita que há indícios sólidos de que o motorista agiu com culpa – mesmo sem a intenção directa de matar. Mas a verdade é que, quando alguém decide participar de um racha, assume os riscos dessa escolha. E as consequências, infelizmente, podem ser irreversíveis.

A defesa do acusado, claro, vai apresentar seus argumentos. Mas perante a perda de uma vida tão jovem, a sociedade tende a ficar do lado de quem já não tem mais voz.

Enquanto isso, a família do jovem que morreu aguarda por respostas – e por justiça. Porque nenhuma sentença vai trazer de volta quem se foi, mas pode servir de alerta para que outras mortes absurdas como essa não voltem a acontecer.