Era uma viagem como qualquer outra — ou pelo menos parecia. O ônibus interestadual cortava o Paraná sob um céu cinzento, levando passageiros anônimos rumo a destinos comuns. Até que tudo mudou.
Naquela tarde de terça-feira (29), um jovem de 23 anos — cuja identidade ainda não foi divulgada — foi encontrado sem vida no banheiro do veículo. Mas o que realmente deixou todos de cabelo em pé foram os 30 iPhones meticulosamente presos ao seu corpo com fita adesiva.
Um crime que não passa despercebido
Segundo testemunhas, o rapaz embarcou em Cascavel, mas começou a passar mal pouco depois. "Ele suava feito louco e respirava acelerado", contou um passageiro que preferiu não se identificar. Quando a situação piorou, o motorista parou em uma rodoviária de Ponta Grossa, onde o SAMU foi acionado.
— Infelizmente, já estava sem vida quando chegamos — revelou um dos paramédicos, ainda abalado. — Mas nunca vi nada igual: celulares por todo o torso, pernas e até nas costas. Parecia um "homem-aranha" do contrabando.
Investigação em andamento
A Polícia Civil já trabalha com duas hipóteses principais:
- Overdose acidental durante transporte de carga ilegal
- Asfixia causada pela forma como os aparelhos estavam fixados
"É um método antigo, mas extremamente perigoso", explicou o delegado responsável. "Cada iPhone vale uma pequena fortuna no mercado negro, mas arriscar a vida assim..." — sua voz sumiu, deixando a frase inconclusa, como quem não encontra palavras para tamanha insanidade.
Os aparelhos — todos modelos 14 e 15 — seriam levados para o Paraguai, onde valem quase o dobro do preço brasileiro. Uma rota conhecida, mas que desta vez terminou em tragédia.
Enquanto isso, nas redes sociais, o caso já rende memes e discussões acaloradas. "E pensar que tem gente que faz de tudo por um iPhone novo", comentou uma usuária no Twitter, misturando ironia e horror. Já outros questionam: até que ponto a obsessão por tecnologia nos levará?