
A trama que envolve a execução do ex-delegado-geral de São Paulo, Antônio César, ganhou um capítulo sombrio e decisivo nesta segunda-feira. A Polícia Civil do Paraná encontrou morto justamente o homem apontado como autor dos disparos que ceifaram a vida do experiente policial.
O suspeito — cuja identidade ainda não foi oficialmente revelada — foi localizado sem vida dentro de um veículo em Curitiba. E olha que o detalhe é crucial: o corpo apresentava sinais de violência, mas as autoridades não confirmaram se houve resistência à prisão ou se foi uma execução mesmo.
Quebra-cabeça policial
O delegado Derrite, que comanda as investigações pelo lado paranaense, foi direto ao ponto: "Tudo indica que se trata do possível autor dos tiros contra o ex-delegado-geral". A afirmação veio após análise de provas técnicas e cruzamento de informações entre as polícias de São Paulo e Paraná.
O carro onde o corpo foi encontrado — um Honda Fit branco — era o mesmo usado na ação criminosa em São Paulo. Uma coincidência? Difícil acreditar nisso. Os peritos trabalham agora para determinar o intervalo exato entre a morte do suspeito e sua descoberta.
Linha do tempo sinistra
- 29 de setembro: Antônio César é executado com pelo menos 12 tiros em São Paulo
- 30 de setembro: Suspeito é encontrado morto em Curitiba
- Poucas horas: Esse foi o curto espaço de tempo entre os dois óbitos
O que me deixa pensando: será que eliminaram o suposto executor para calar testemunhas? Ou será que havia outras razões por trás dessa morte tão conveniente para alguém?
Conexões perigosas
Antônio César não era qualquer um. Com 61 anos e aposentado da Polícia Civil, ele tinha histórico de operações contra o crime organizado. E sabe como é — nesse meio, inimigos se acumulam como poeira no armário.
O ex-delegado chegou a comandar a DEIC (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), onde tocou investigações sensíveis sobre facções criminosas. Coisa pesada, do tipo que mexe com vespeiro.
Agora, as polícias de São Paulo e Paraná trabalham em conjunto para desvendar não só quem matou César, mas também quem silenciou seu suposto executor. Uma teia que parece se espalhar por mais de um estado.
O que vai sair dessa investigação? Resta esperar — e torcer para que a verdade apareça, por mais obscura que seja.