Dois homens que deveriam estar sob vigilância constante do sistema de monitoramento eletrônico acabaram detidos pela Polícia Civil em Uberaba após flagrantemente desrespeitarem as medidas judiciais que cumpriam. O caso levanta questionamentos sobre a eficácia do sistema de tornozeleiras eletrônicas na região do Triângulo Mineiro.
Detalhes da Operação Policial
De acordo com informações da 3ª Delegacia de Polícia de Uberaba, os dois indivíduos estavam sendo monitorados através de tornozeleiras eletrônicas como alternativa ao encarceramento. No entanto, investigações revelaram que ambos estavam violando sistematicamente as condições impostas pela Justiça.
As principais violações incluíam:
- Frequentação a locais expressamente proibidos pelas decisões judiciais
- Aproximação de pessoas que deveriam manter distância
- Descumprimento de horários estabelecidos para permanência em endereços determinados
Sistema de Monitoramento em Xeque
O caso expõe vulnerabilidades no sistema de monitoramento eletrônico, considerado uma ferramenta importante para desafogar o sistema prisional. As tornozeleiras, que deveriam alertar imediatamente sobre qualquer violação, não impediram que os acusados continuassem descumprindo as medidas.
"A tecnologia é uma aliada, mas não substitui a ação policial investigativa", destacou um delegado envolvido nas prisões, que preferiu não se identificar.
Consequências Imediatas
Após as prisões em flagrante, os dois homens foram encaminhados ao sistema prisional convencional. Eles responderão não apenas pelos crimes originais, mas também pelo crime de desobediência às decisões judiciais, o que pode agravar significativamente suas situações perante a lei.
O caso serve como alerta para outros monitorados sobre as consequências de tentar burlar o sistema de vigilância eletrônica, que vem sendo cada vez mais utilizado como alternativa ao encarceramento no estado de Minas Gerais.