Um agente penitenciário foi preso em flagrante neste domingo (2) suspeito de cometer crimes de corrupção passiva e facilitar a entrada de aparelhos celulares no Presídio Major Eldo Sá Correa, localizado em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Judiciária Civil (PJC) que investigava a atuação do policial dentro do sistema prisional. Segundo as investigações, o agente recebia valores em dinheiro para burlar a segurança e levar telefones celulares para os detentos.
Operação de flagrante
Os policiais civis realizaram o flagrante no momento em que o agente penitenciário recebia a quantia de R$ 1.500 em espécie pelo serviço ilegal. A operação foi deflagrada após denúncias anônimas que apontavam para a atuação corrupta do profissional dentro da unidade prisional.
"O policial foi surpreendido recebendo o valor combinado para facilitar a entrada dos aparelhos", confirmou fonte da investigação.
Risco à segurança
A introdução de celulares em presídios representa um grave risco à segurança pública, pois permite que detentos mantenham contato com o crime organizado mesmo estando atrás das grades. Através desses aparelhos, é possível:
- Coordenar atividades criminosas externas
 - Ameaçar testemunhas
 - Intimidar familiares de vítimas
 - Articular fugas e rebeliões
 
Desvio de função
O caso evidencia um grave desvio de conduta por parte de um profissional que deveria zelar pela segurança e ordem dentro do sistema prisional. A corrupção no ambiente carcerário compromete todo o trabalho de reintegração social e representa uma ameaça concreta à sociedade.
O policial preso foi encaminhado ao sistema prisional e responderá pelos crimes de corrupção passiva e introdução de aparelhos de comunicação em estabelecimento penal.
A investigação continua para identificar possíveis outros envolvidos na rede criminosa que operava dentro do presídio mato-grossense.