Operação policial desmonta rede de furto de cabos e receptação de metais no interior de SP
Polícia desmonta rede de furto de cabos em SP

Não foi um dia qualquer para os "coletores alternativos" de metais no interior paulista. Nesta quarta-feira (24), uma operação que parecia saída de um roteiro de filme policial colocou fim a uma rede especializada em um dos crimes mais irritantes do século: o furto de cabos elétricos e a receptação de metais.

Quem passa pela rua e vê um poste "pelado" sabe do que estamos falando. Aquele fio que sumiu provavelmente virou grana fácil para quadrilhas que agem como verdadeiras formigas industriais — só que, em vez de folhas, carregam toneladas de cobre e alumínio.

Operação "Fio Desencapado"

A polícia, cansada de correr atrás de prejuízos que somam milhões, botou o pé no acelerador. Batizada informalmente de "Fio Desencapado" (o nome oficial é sigiloso, mas esse aqui combina mais com a cara da ação), a operação reuniu:

  • Delegados com paciência esgotada
  • Peritos com lanternas na mão
  • Equipes que conhecem cada centímetro dos bairros

Resultado? Cinco pessoas presas e um caminhão de provas apreendidas — literalmente. Entre os "troféus" da ação estão:

  1. Fios elétricos suficientes para cercar um estádio de futebol
  2. Equipamentos de corte que fariam um ourives corar
  3. Notas fiscais mais falsas que nota de três reais

O prejuízo que ninguém vê

Enquanto isso, nas cidades afetadas, o problema vai além dos apagões. Um comerciante da região, que prefere não se identificar (afinal, os caras ainda estão por aí), contou: "Toda semana é um serviço novo. Ou consertam o que furtaram, ou consertam a gambiarra que fizeram pra furtar".

E não pense que é só questão de dinheiro. Quando um semáforo fica sem energia por causa desses furtos, o risco de acidentes dispara. É como se cada metro de cabo roubado fosse uma roleta russa instalada nas esquinas.

E agora?

A polícia garante que as investigações continuam — e que essa foi só a primeira leva de prisões. Enquanto isso, as concessionárias de energia estão testando novas tecnologias para marcar os fios, tipo um "CPF do cobre", que facilitaria a identificação dos materiais roubados.

Mas, entre nós? Enquanto houver quem compre esses metais sem perguntar de onde vêm, o problema vai continuar. Como diz o ditado: "Não existe crime sem receptador". E nesse caso, os receptadores estão com os dias contados.