
O que era pra ser mais um dia normal de operação no Complexo do Alemão virou um verdadeiro pesadelo para a imagem da polícia. E o pior: tudo registrado pela própria câmera dos agentes. Sim, você não leu errado.
As imagens são, pra ser bem sincero, constrangedoras. Mostram dois PMs do BOPE - a tão badalada tropa de elite - agindo de forma que, francamente, não dá pra defender. Eles entram numa casa, vasculham tudo, e aí... bem, aí a coisa descamba.
O momento exato do deslize
Dá pra ver claramente um dos policiais pegando objetos pessoais dos moradores e guardando no próprio uniforme. A naturalidade com que tudo acontece é o que mais assusta. Parece coisa rotineira, sabe? Como se fosse normal, corriqueiro. E isso, meus amigos, é de cortar o coração.
O vídeo, que circulou internamente antes de vazar, tem apenas 47 segundos. Mas que 47 segundos, hein? Tempo mais que suficiente para manchar uma reputação que levou décadas para construir.
E agora, José?
A PM já se manifestou - claro que sim - dizendo que abriu investigação e que os policiais foram removidos das ruas. Mas cá entre nós: será que isso basta? A população do Alemão, que já sofre tanto, agora precisa lidar com essa desconfiança adicional.
Um morador, que preferiu não se identificar - e quem pode culpá-lo? - resumiu a situação com uma frase que dói: "A gente já tem medo dos bandidos, agora tem que ter medo de quem devia nos proteger também?".
Pois é. A pergunta que fica é: quantos casos assim passaram despercebidos antes das câmeras? Quantas vezes a farda, que deveria representar proteção, foi usada como escudo para esse tipo de ação?
O lado (pouco) bom da história
Se há algo positivo nessa história toda - e olha que é difícil encontrar - é que as câmeras corporais estão cumprindo seu papel. Mostram o que realmente acontece, sem versões, sem meias-palavras. A verdade nua e crua, ainda que dolorosa.
O caso agora está nas mãos da Corregedoria da PM. Eles prometem apuração rigorosa. Torcemos para que cumpram a promessa - a sociedade precisa acreditar que ainda há esperança.
Enquanto isso, no Alemão, a vida segue difícil. E a confiança, essa frágil ponte entre população e polícia, fica mais abalada a cada dia. Triste, muito triste.