
Eis que o Procon Carioca resolveu botar o dedo na ferida — e dessa vez o alvo é ninguém menos que a Google Brasil. O motivo? A plataforma estaria virando um verdadeiro "mercado livre" para a venda daqueles famigerados TV Boxes piratas, aqueles trambolhos que prometem o que não podem cumprir.
Segundo o órgão — que tá de olho vivo nesse rolo há tempos —, a gigante das buscas estaria facilitando a vida dos camelôs digitais. Tipo aquela amiga que finge que não vê a cola na prova, sabe? Só que, nesse caso, o prejuízo é bem maior do que uma nota baixa.
O que diz a notificação?
O documento, enviado na última quarta (23), é daqueles que fazem qualquer empresa suar frio. A Google tem até o dia 15 de agosto para se explicar direitinho — ou melhor, para explicar por que raios seus sistemas estariam dando sopa para anúncios de equipamentos que claramente furam a fila da legalidade.
E olha que a coisa não para por aí:
- Os tais TV Boxes pirateiam conteúdos protegidos — filmes, séries, jogos de futebol — sem dó nem piedade
- Muitos ainda vêm com aquele papo furado de "100% legal", como se enganar consumidor fosse brincadeira de criança
- Pior: alguns dispositivos até colocam os usuários em risco, com softwares mais espiões que o vizinho fofoqueiro
E agora, Google?
Bom, se a empresa não se mexer, pode se preparar para uma multa que não tá no gibi. A legislação brasileira não brinca em serviço quando o assunto é direito autoral e proteção ao consumidor — e o Procon já deixou claro que tá de olho.
"É como se uma loja física alugasse espaço para vendedor de DVD pirata", comparou um técnico do órgão, que preferiu não se identificar. "Só que, no mundo digital, a responsabilidade é ainda maior."
Enquanto isso, os usuários que caíram no conto do TV Box milagroso continuam na mão — muitos sem saber que estão literalmente colocando um cavalo de Troia na sala de estar. E aí, será que a Google vai assumir sua parcela de culpa nessa bagunça toda?