Vigias suspeitos de estupro em condomínio de luxo em Juiz de Fora são liberados — entenda o caso
Vigias suspeitos de estupro são soltos em Juiz de Fora

Juiz de Fora ainda não conseguiu digerir o que aconteceu naquela noite. Dois vigias — sim, justo aqueles que deveriam garantir a segurança — agora são os protagonistas de um pesadelo que virou notícia. E o pior? Foram soltos.

O caso, que parece saído de um roteiro de filme policial, aconteceu em um daqueles condomínios de luxo onde ninguém espera que algo assim vá rolar. Mas rolou. E como. Uma mulher, vítima de um estupro coletivo, apontou os dois como participantes do crime. A polícia correu, prendeu, mas a Justiça... bem, a Justiça decidiu outra coisa.

O que se sabe até agora

Segundo fontes próximas ao caso, os vigilantes teriam facilitado a entrada dos agressores no condomínio. Não contentes, ainda participaram da barbárie. Detalhes? Chocantes. A vítima, que prefere não se identificar, passou por exames e confirmou a violência.

Mas aí vem a parte que deixa todo mundo com os cabelos em pé: os advogados dos acusados conseguiram um habeas corpus. Argumentaram falta de provas concretas — sim, mesmo com o depoimento da vítima e indícios coletados no local.

A reação da cidade

Juiz de Fora não ficou quieta. Nas redes sociais, a revolta foi geral. "Isso é um absurdo!", "Cadê a justiça?", "Não podemos aceitar". As frases se repetem em grupos de WhatsApp e nos botecos da cidade. Até quem normalmente não fala de política ou segurança pública está comentando.

E não é pra menos. Condomínios fechados vendem a ideia de segurança máxima, mas e quando o perigo vem de dentro? A ironia é amarga. Moradores do local — que pagam fortunas em taxas condominiais — estão assustados. E com razão.

O que dizem as autoridades

A delegada responsável pelo caso, em entrevista coletiva, não escondeu a frustração. "Temos convicção da participação deles", disse, com a cara fechada de quem viu o trabalho ir por água abaixo. O Ministério Público já anunciou que vai recorrer — mas enquanto isso, os dois estão soltos por aí.

Já a defesa? Comemora em silêncio. "A Justiça foi feita", soltaram em nota. Só que pra maioria das pessoas, principalmente as mulheres de Juiz de Fora, a sensação é exatamente o oposto.

Enquanto isso, a vítima tenta reconstruir a vida. Longe dos holofotes, sem festas, sem condomínios, sem vigias. E a cidade fica com uma pergunta na cabeça: até quando?