
O cantor de funk MC Poze foi preso nesta quarta-feira (29) no Rio de Janeiro, após uma operação policial que investigava suas supostas ligações com uma facção criminosa. O artista é acusado de fazer apologia ao crime em suas músicas e redes sociais.
Segundo fontes da investigação, a prisão ocorreu após meses de monitoramento das atividades do funkeiro, que teria usado sua influência para promover ações ilegais. A polícia encontrou indícios concretos de sua associação com membros de uma organização criminosa.
Operação policial
Agentes da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (DEACOR) cumpriram mandado de prisão temporária na casa do artista, localizada na Zona Oeste do Rio. Durante a ação, foram apreendidos celulares, documentos e outros objetos que podem servir como provas no inquérito.
"Temos evidências robustas que conectam o investigado a líderes de uma facção conhecida. Além disso, suas letras incentivam claramente a violência e o tráfico", declarou um delegado envolvido no caso.
Repercussão no meio artístico
A prisão de MC Poze gerou polêmica no cenário musical. Enquanto alguns colegas de profissão defendem que suas músicas são apenas expressão artística, especialistas em segurança pública afirmam que esse tipo de conteúdo contribui para a glamorização do crime.
O funkeiro, que possui milhões de seguidores nas redes sociais, já havia sido alvo de críticas por letras consideradas incentivadoras de condutas ilegais. Esta não é a primeira vez que o artista tem problemas com a justiça.
Próximos passos
MC Poze deve permanecer detido enquanto as investigações continuam. Ele responderá por supostos crimes de associação ao tráfico e apologia ao crime. Caso condenado, pode enfrentar pena de até 8 anos de prisão.
O caso reacende o debate sobre a responsabilidade dos artistas no combate à violência e o limite entre liberdade de expressão e incentivo a atividades criminosas.