
O cenário parece saído de um faroeste, mas é pura realidade amapaense: um fazendeiro continua atrás das grades após a Justiça local bater o martelo contra seu pedido de soltura. O motivo? Uma briga por terra que terminou em tragédia — um idoso morto a tiros, sangue no chão de terra batida, e uma comunidade inteira em choque.
Segundo fontes próximas ao caso, o agricultor — cujo nome a gente evita citar por questões processuais — teria disparado contra o septuagenário durante uma discussão acalorada sobre limites de propriedade. "Foi coisa de segundos, mas o estrago tá aí", comentou um vizinho que pediu anonimato.
O que dizem os autos
Nos documentos judiciais, a coisa é clara: o Ministério Público montou um quebra-cabeça com provas técnicas, depoimentos e até imagens de câmeras de segurança. Resultado? O TJ-AP considerou que tem material suficiente pra manter o cara na cadeia — risco à ordem pública e chance de fugir pesaram na decisão.
E olha que o defensor do acusado tentou de tudo: alegou que o cliente tem residência fixa, que não tem antecedentes (o que é meio discutível, segundo uns boatos por aí), e até que a vítima teria "provocado". Só que o desembargador não comprou a história — pra ele, tiro é tiro, e ponto final.
Repercussão no campo
Nas redondezas onde o crime aconteceu, o clima tá tenso. Tem gente que apoia o fazendeiro, tem quem ache pouco uma prisão preventiva. "Aqui todo mundo se conhece, mas ninguém tá falando muito", confessa um comerciante da região, enquanto arruma caixas de mercadoria com mãos trêmulas.
E não é pra menos: conflitos por terra nessa região são mais comuns que cupim em madeira velha. Só que dessa vez, o estopim foi diferente — e o preço, uma vida. Agora, o processo segue seu rumo, enquanto a família do idoso espera por justiça. E o fazendeiro? Bem, ele vai ter bastante tempo pra pensar na cadeia.