
Eis que a justiça dá mais um capítulo inesperado nesse roteiro que parece saído de novela das nove. Sidney Oliveira, o cérebro por trás da gigante Ultrafarma, voltou a respirar o ar livre depois de um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A decisão, diga-se de passagem, veio como um alívio para quem acompanha o caso — mas também deixou muita gente de sobrancelha arqueada.
Pra quem não tá ligado no causo: o empresário tava respondendo a um processo por supostas irregularidades financeiras. Só que, segundo os advogados dele, a coisa toda tava com mais furos que queijo suíço. "Inconsistências processuais", alegaram. E o tribunal, depois de dar uma espiada nos autos, acabou concordando.
O que rolou nos bastidores?
Numa jogada que lembra aqueles filmes de tribunal americano — só que com muito mais cafézinho e menos gravatas —, a defesa conseguiu provar que havia "excesso de formalismo" na acusação. Ou seja: papelada que não devia estar ali, provas que talvez não fossem tão convincentes assim. Coisa de processo brasileiro, sabe como é?
E olha que interessante: enquanto isso, as lojas da Ultrafarma seguem abarrotadas de gente como se nada tivesse acontecido. "Cliente não quer saber de processo, quer saber de desconto", comentou um farmacêutico que preferiu não se identificar — porque no Brasil, até falar "bom dia" as vezes precisa de anonimato.
E agora, José?
O caso ainda não acabou, nem pense nisso. O Ministério Público já anunciou que vai recorrer — porque no judiciário brasileiro, quando um lado ganha, o outro automaticamente pede revanche. É quase lei não escrita.
Enquanto isso, Sidney Oliveira deve estar recalculando a rota. Depois de passar uns dias com o pé atrás, o empresário agora precisa lidar com os reflexos na imagem da marca. Porque no mundo dos negócios, como diria minha avó, "o que o vento leva, o processo traz — mas às vezes de forma distorcida".
Uma coisa é certa: esse caso ainda vai dar muito pano pra manga. E nós, é claro, vamos ficar de olho em cada reviravolta desse drama jurídico-empresarial que mistura cifras, leis e — por que não? — um pouco daquele jeitinho brasileiro de fazer negócios.