Torcedor do Atlético foragido é julgado por assassinato de cruzeirense em BH — Caso choca futebol mineiro
Atleticano é julgado por matar torcedor do Cruzeiro em BH

O clima pesado no tribunal de Justiça de Minas Gerais nesta terça-feira (13) deixava claro: não era um julgamento qualquer. Na bancada dos réus, um homem de 28 anos — cujo nome a Justiça prefere não divulgar — encarava acusações graves. Torcedor fanático do Atlético, ele está foragido desde 2022, quando supostamente matou um cruzeirense durante uma briga entre torcidas.

E olha que a história é mais complicada do que parece. Segundo testemunhas, tudo começou com uma discussão boba num bar perto do Mineirão. "Foi coisa de minutos", conta um garçom que pediu anonimato. "Um falou do time do outro, o clima esquentou, e quando vi tinham partido pra agressão."

O que diz a acusação

A promotoria alega que o acusado — conhecido nas arquibancadas por seu temperamento explosivo — golpeou a vítima com uma facada no peito. O cruzeirense, um pai de família de 34 anos, não resistiu. "É um daqueles casos que deixam a gente se perguntando: vale mesmo a pena morrer por uma camisa de time?", questiona o delegado responsável pelo inquérito.

Curiosamente, o julgamento acontece justamente quando:

  • O clássico Mineiro está chegando
  • As torcidas organizadas prometem protestos
  • A segurança nos estádios volta ao debate público

E tem mais: fontes do tribunal revelam que a defesa tentou adiar o processo por três vezes. Sem sucesso. "A família da vítima espera justiça há quase três anos", comenta uma assistente social que acompanha o caso.

Repercussão nas redes

Nas redes sociais, o assunto virou polêmica. De um lado, torcedores pedem punição exemplar. Do outro, há quem defenda que foi "mera fatalidade". Um usuário chegou a postar: "Isso aqui tá virando guerra civil por causa de futebol?". Outros lembram casos semelhantes que chocaram o país nos últimos anos.

Enquanto isso, a Polícia Civil continua à caça do réu — que, segundo boatos, estaria escondido em cidades do interior de Minas. "Ele sabe que, se for pego, dificilmente escapará", arrisca um investigador familiarizado com o caso.

O juiz marcou a próxima audiência para o dia 27 de agosto. Até lá, uma pergunta paira no ar: até onde vai a paixão clubista em um estado onde o futebol é quase religião?