
Parece que a receita do sabor nessas fábricas incluía um ingrediente que ninguém pediu - e que deixa qualquer um com o estômago embrulhado. A Vigilância Sanitária baiana acabou de virar o jogo numa operação que expôs uma realidade no mínimo preocupante no setor de temperos.
Duas fábricas, uma em Salvador e outra lá em Simões Filho, tiveram que fechar as portas depois que os fiscais descobriram que os roedores estavam praticamente fazendo hora extra nas linhas de produção. E não, não estavam lá como degustadores.
O que os fiscais encontraram?
A situação era tão feia que dava até vergonha alheia. Imagine só: fezes de ratos espalhadas como se fossem tempero extra, embalagens sujas de verdade - não daquela sujeira que lava - e uma falta de higiene que faria qualquer dona de casa ter um troço.
- Fezes de roedores em áreas de manipulação de alimentos (eca!)
- Embalagens armazenadas de qualquer jeito, sem a menor proteção
- Falta total de controle de pragas - os ratos praticamente tinham cartão de ponto
- Condições que transformavam o local num verdadeiro parque de diversões para insetos e animais
Não é exagero dizer que a situação tava tão ruim que até os ratos deviam estar reclamando das condições de trabalho.
E agora, o que acontece?
As duas empresas - que preferiram não estampar seus nomes na lista das vergonhas - tão com as atividades paradas até resolverem essa bagunça toda. A Vigilância Sanitária não tá de brincadeira: só vão poder reabrir quando provarem que limparam a casa de verdade.
E olha, a multa não é das mais suaves não. A lei é clara: quem brinca com a saúde pública acaba pagando um preço bem salgado - no caso, até R$ 15 mil por cada irregularidade encontrada.
O pior de tudo? Esses temperos contaminados podem ter ido parar na mesa de muita gente. A gente compra achando que tá levando só sabor, e leva de brinde uma porção de riscos à saúde. Hepatite, salmonela, leptospirose - a lista de doenças que poderiam vir nesse 'tempero extra' não é nada appetitosa.
Pois é, meu amigo. A próxima vez que você for temperar aquele churrasco ou aquela saladinha, talvez seja bom dar uma pensada na procedência do produto. Porque pelo visto, nem tudo que reluz é ouro - e nem tudo que tempera vem limpinho.
A fiscalização promete continuar de olho. E a gente aqui torcendo para que essas empresas aprendam que, quando o assunto é comida, limpeza não é opção - é obrigação.