
Há 15 anos, o Rio de Janeiro dava um passo histórico no combate à discriminação com o lançamento do programa Rio Sem LGBTIfobia. Uma iniciativa pioneira no Brasil, que surgiu como um farol de esperança para a comunidade LGBTQIA+, mas que hoje enfrenta o desafio de ampliar seu alcance em meio a um cenário ainda marcado por violências e preconceitos.
Conquistas e legado
Desde sua criação, o programa já atendeu mais de 25 mil pessoas, oferecendo desde assistência jurídica até apoio psicológico. Entre seus principais resultados está a redução em 40% dos crimes de ódio registrados na capital fluminense entre 2010 e 2020, segundo dados oficiais.
Desafios atuais
Especialistas apontam três grandes obstáculos para os próximos anos:
- Falta de recursos para expandir para o interior do estado
- Dificuldade em alcançar populações mais vulneráveis, como idosos LGBTQIA+
- Necessidade de atualizar as políticas para combater novas formas de discriminação digital
O que dizem os envolvidos
"Temos orgulho do que construímos, mas precisamos ir além", afirma Carlos Tufvesson, coordenador do programa. Já Maria Eduarda Aguiar, ativista trans, ressalta: "Muitos ainda não conhecem seus direitos. Precisamos de mais campanhas nas periferias".
Próximos passos
Para 2025, estão previstas:
- Parcerias com aplicativos de transporte para capacitação de motoristas
- Expansão do programa para mais 5 municípios
- Lançamento de uma plataforma digital de denúncias
Enquanto isso, a comunidade aguarda para ver se essa política pública continuará sendo referência nacional no combate à LGBTIfobia.