
Um coletivo formado por mais de 90 organizações da sociedade civil enviou uma carta aberta exigindo garantias de proteção aos direitos humanos durante a Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, Canadá e México.
O documento, divulgado nesta semana, alerta para riscos como violações trabalhistas, despejos forçados, discriminação e repressão a protestos durante o megaevento esportivo. As entidades cobram da FIFA e dos países-sede compromissos concretos para evitar repetir erros de edições anteriores.
Principais demandas das organizações
- Proteção aos direitos de trabalhadores envolvidos nas obras e serviços
- Respeito aos direitos das comunidades locais e povos indígenas
- Transparência no uso de recursos públicos
- Garantia de liberdade de expressão e manifestação pacífica
- Mecanismos eficazes de denúncia e reparação em caso de violações
"A experiência de Copas anteriores mostra que sem medidas preventivas, os megaeventos esportivos podem gerar graves violações de direitos humanos", afirma trecho da carta.
Preocupações específicas para 2026
As organizações destacam preocupações particulares para esta edição:
- Risco de aumento da violência policial nos EUA, especialmente contra minorias
- Possíveis impactos nas comunidades migrantes no México
- Direitos dos povos indígenas no Canadá
A FIFA ainda não se pronunciou oficialmente sobre as demandas apresentadas no documento. As entidades esperam que o órgão máximo do futebol mundial estabeleça um diálogo aberto com a sociedade civil nos próximos meses.