
Numa situação que choca pela crueldade, uma adolescente transgênero de 16 anos levantou a voz contra um educador de uma casa de acolhimento em São Carlos, no interior de São Paulo. Ela acusa o profissional de transfobia e agressões físicas — um retrato sombrio de como a intolerância ainda persiste em espaços que deveriam oferecer proteção.
Segundo o relato da jovem, os ataques começaram com piadas ofensivas e evoluíram para empurrões e beliscões. "Ele dizia que eu não passava de uma aberração, que nunca seria mulher de verdade", desabafa, com a voz ainda trêmula. Coisas que nenhum ser humano, muito menos uma adolescente em situação vulnerável, deveria ouvir.
O silêncio que dói
O pior? A diretoria do local fingiu não ver. Durante meses. Só agiram quando a situação explodiu — e olhe lá. A coordenadora alegou "falta de provas", mesmo com outros adolescentes confirmando os abusos. Conveniente, não?
Eis o que acontece quando a burocracia se sobrepõe à humanidade:
- Relatos ignorados
- Agressor mantido no cargo
- Vítima tratada como problema
Justiça à vista?
Felizmente, o Conselho Tutelar e a Delegacia da Criança e do Adolescente entraram em cena. O educador está afastado (finalmente!), e o Ministério Público já foi acionado. Mas será que isso basta? Quantos casos assim ainda rolam debaixo do tapete?
Enquanto isso, a adolescente tenta reconstruir a autoestima aos pedaços. "Quero que minha história ajude outros jovens", diz, mostrando uma coragem que muitos adultos jamais terão. O caminho é longo, mas o primeiro passo — o mais difícil — ela já deu.