
O que começou como um domingo tranquilo no bairro Olaria, em Timóteo, terminou em cena de pesadelo. Por volta das 22h30 de ontem, o silêncio da noite foi quebrado por rajadas de tiros que ecoaram pelas ruas pacatas da cidade do Vale do Aço. E o mais triste: uma única família foi o alvo principal dessa violência inexplicável.
Quando a poeira baixou, o saldo era de partir o coração. Cinco pessoas da mesma família atingidas — uma delas não resistiu. O que terá motivado tamanha crueldade? A polícia ainda corre atrás de respostas, mas a comunidade já sente o peso do luto.
Os detalhes que emergiram da tragédia
Segundo testemunhas — ainda bastante abaladas pelo susto —, tudo aconteceu rápido demais. Primeiro vieram os estampidos secos, depois os gritos, a confusão. Parecia cena de filme, mas era a dura realidade invadindo lares que deveriam ser refúgios de paz.
A vítima fatal foi identificada como um homem de 37 anos. Não vou citar o nome aqui por respeito à família enlutada, mas imagino o desespero de quem recebeu aquela notícia. Ele estava entre as cinco pessoas da mesma família que foram alvejadas na Rua Trinta e Um de Março. Quatro sobreviveram, mas com ferimentos que variam de leves a graves.
Os feridos — dois homens e duas mulheres — foram levados às pressas para o Hospital e Maternidade Doutor José Start. Um deles, em estado mais crítico, precisou ser transferido para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, em Juiz de Fora. Que noite terrível para esses profissionais de saúde, não é mesmo?
A resposta das autoridades
A Polícia Militar chegou rápido ao local, mas os atiradores — sim, no plural — já haviam fugido como fantasmas na escuridão. O tenente Rômulo Silva, que comandou o primeiro atendimento, descreveu a cena como "caótica". E como não seria? Várias pessoas baleadas, familiares em pânico, vizinhos aterrorizados.
O que mais me intriga: qual seria o motivo para tamanha violência concentrada em uma única família? A polícia ainda não tem pistas concretas, mas já trabalha com algumas linhas de investigação. Seria rixa pessoal? Dívida? Algo ainda mais sombrio? As perguntas são muitas, as respostas ainda poucas.
O caso agora está nas mãos da Delegacia de Investigação de Homicídios do Vale do Aço. Eles prometem deixar nenhuma pedra sem revirar até encontrar os responsáveis por essa barbárie.
O que fica para a comunidade
Timóteo não é uma cidade acostumada com esse tipo de violência extrema. O bairro Olaria, então, sempre foi considerado tranquilo. Mas episódios como esse servem de alerta — a violência pode bater à porta de qualquer um, a qualquer hora.
Enquanto escrevo estas linhas, imagino o sofrimento dessa família. Perder um ente querido já é doloroso demais. Ver outros quatro familiares feridos — alguns lutando pela vida — deve ser um tormento indescritível.
O Vale do Aço hoje acorda diferente. Mais cauteloso, mais assustado. E com uma pergunta ecoando na mente de todos: até quando viveremos esse ciclo de violência que não poupa nem mesmo as famílias em seus lares?
Esta tragédia nos lembra, de forma cruel, que a segurança pública continua sendo um dos maiores desafios do nosso tempo. E que histórias como essa precisam ser contadas — não para semear o medo, mas para que não caiam no esquecimento.