
Já se vão cinco longos dias desde que os disparos ecoaram pelos corredores daquela escola em Sobral, e a sensação de que algo permanece inacabado paira no ar. Um frio na espinha que não vai embora.
Enquanto um dos suspeitos já está atrás das grades — preso na última sexta-feira, diga-se de passagem —, o outro continua dando sopa por aí. A Polícia Civil do Ceará jura de pés juntos que não vai sossegar enquanto não colocar as mãos nele.
Os Detalhes que Assustam
O que me deixa pensativo é a frieza do acontecido. Dois indivíduos, armados até os dentes, simplesmente invadem uma escola. Não foi um acidente, não foi um descontrole momentâneo — foi planejado. E isso, convenhamos, é de arrepiar.
O que já se sabe:
- O primeiro suspeito, um adolescente de 17 anos, foi apreendido com uma espingarda calibre 20
- As câmeras de segurança flagraram tudo — imagens que devem dar pesadelos a qualquer um
- Os dois chegaram numa moto, fizeram o que fizeram e saíram correndo como baratas tontas
E pensar que poderia ter sido pior... Muito pior.
A Busca que Não Cessa
A polícia tá com o pé na jaca nesse caso. Investigadores trabalham no modo furacão, seguindo cada pista, cada migalha que possa levar ao foragido. E olha, quando a polícia decide botar pressão, geralmente acaba encontrando.
Mas cinco dias é tempo — tempo demais, se me perguntam. Dá margem para o cara sumir do mapa, mudar de aparência, quem sabe até tentar fugir para outro estado.
E a Escola, Como Fica?
Ah, essa é a parte que mais dói. Enquanto os adultos discutem protocolos e medidas de segurança, são as crianças e adolescentes que carregam o peso psicológico. Voltar para aquele mesmo lugar, passar pelos mesmos corredores... não deve ser fácil.
A Secretaria da Educação do Ceará montou uma estrutura de apoio psicológico — medida mais do que necessária, diga-se. Porque trauma desse tipo não some com dois dias de folga.
O que me preocupa é que casos assim parecem estar virando rotina. E não deveriam. Nunca deveriam.
Um Alívio Relativo
Pelo menos uma das armas está apreendida. A espingarda que o adolescente já preso carregava agora está em poder da polícia. Mas — e sempre tem um mas — será que era a única? É o tipo de pergunta que tira o sono de qualquer um.
O delegado responsável pelo caso evitou dar detalhes muito específicos sobre andamento das investigações. E faz sentido — não querem alertar o fugitivo. Mas a população fica nessa angústia, nesse limbo entre a esperança e o medo.
No fim das contas, o que todo mundo quer é uma resposta. Uma solução. O fechamento desse capítulo negro na história de Sobral. Até lá, a cidade respira pela metade.