
O que se passa na cabeça de alguém que, momentos antes de tirar uma vida, ainda tem a frieza de tentar acalmar testemunhas? Essa pergunta, francamente, não sai da minha mente desde que soube dos detalhes desse caso absolutamente perturbador.
Na noite de sexta-feira, no bairro Santa Ruth, em Itabira, Minas Gerais, o que começou como mais uma noite comum se transformou num pesadelo digno de filme de terror. Dois homens armados — a polícia ainda trabalha para identificá-los — invadiram uma residência com uma tranquilidade que chega a ser assustadora.
A frase que gelou a espinha
Segundo relatos de testemunhas que preferiram não se identificar (e quem pode culpá-las?), os criminosos soltaram uma frase que parece saída de um roteiro de cinema: "Não se preocupem, é apenas um ladrão". Sim, você leu direito. Enquanto cometiam um crime, ainda tentavam — pasme — acalmar os presentes.
Parece piada de mau gosto, mas infelizmente é a pura realidade. A vítima, um homem de 31 anos cuja identidade ainda não foi divulgada, foi levada pelos criminosos para um matagal próximo. O que aconteceu depois... bem, é difícil até de escrever.
Cena do crime revela brutalidade
O corpo foi encontrado com múltiplos tiros. A Polícia Militar chegou ao local por volta das 23h30, depois de receber chamados aterrorizados de moradores. A cena era tão violenta que até os policiais experientes ficaram impactados.
E sabe o que é mais revoltante? Os bandidos simplesmente sumiram. Viraram fumaça. Até agora, ninguém foi preso — o que, convenhamos, não chega a ser surpresa num país onde a impunidade às vezes parece a regra, não a exceção.
Medo e silêncio na comunidade
O clima em Santa Ruth agora é de medo. Muito medo. As pessoas trancam portas mais cedo, olham com desconfiança para qualquer movimento estranho. Quem viu algo provavelmente vai pensar duas, três, dez vezes antes de falar.
E como culpar? Quando criminosos agem com tamanha frieza, quase como se estivessem executando uma tarefa rotineira, o recado que fica é claro: "nós mandamos aqui".
A delegacia de Itabira assumiu o caso e já iniciou investigações. Prometem, é claro, fazer de tudo para encontrar os responsáveis. Mas entre promessas e realidade... bem, você sabe como essas coisas funcionam.
Enquanto isso, uma família chora a perda de um ente querido. Uma comunidade vive sob o jugo do terror. E dois assassinos caminham por aí, soltos, provavelmente já planejando o próximo crime.
O que me deixa mais indignado não é apenas a violência em si — tristemente comum —, mas aquele toque quase sádico de "tranquilizar" testemunhas antes do assassinato. Como se matar fosse algo normal, corriqueiro, que não merecesse maiores preocupações.
Até quando?