Tragédia em show punk: Mulher morre após briga na Zona Oeste de SP
Mulher morre após briga em show punk na Zona Oeste de SP

Era pra ser só mais uma noite de música alta, cerveja barata e gente pulando no mosh pit. Mas o que começou como diversão virou pesadelo num piscar de olhos. No meio daquele caos organizado que só quem já foi a um show punk conhece, uma briga besta — daquelas que normalmente terminam com os envolvidos rindo e se abraçando — escalou pra algo muito pior.

A vítima, uma mulher de 32 anos (cujo nome a família pediu pra não divulgar ainda), não resistiu aos ferimentos. Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais: um empurrão aqui, um tropeço ali, e de repente ela estava no chão, sem reagir. O pessoal tentou ajudar, claro. Até chamaram um médico que estava no show — porque sim, até em evento punk tem gente responsável no meio da bagunça.

O que diabos aconteceu?

Pois é, a pergunta que não quer calar. A polícia ainda tá apurando os detalhes, mas pelo que circula entre os frequentadores da cena, foi um daqueles acidentes estúpidos que poderiam ter sido evitados com um pouco mais de cuidado. Não foi briga de gangue, nem nada do tipo. Só a energia descontrolada de um lugar onde as pessoas vão justamente pra extravasar.

O local do show, um espaço underground na Zona Oeste que prefiro não nomear pra não atrapalhar as investigações, já tinha história. Todo mundo da região conhece, já rolou de tudo por lá — menos uma tragédia dessas proporções. Os organizadores, visivelmente abalados, cancelaram imediatamente o resto da programação da noite.

E agora?

Enquanto a delegacia colhe depoimentos e o IML faz seu trabalho, a cena alternativa de SP tá em choque. Shows punk sempre foram sinônimo de liberdade, não de violência gratuita. Nas redes, os comentários se dividem entre quem pede mais segurança nesses eventos e quem defende que foi um incidente isolado — "coisa que poderia acontecer em qualquer lugar".

Uma coisa é certa: aquela velha máxima de que "no punk não tem bandido" acabou de ganhar um triste contraexemplo. E uma família tá aí pra provar que, às vezes, até nos lugares que a gente menos espera, a vida prega peças cruéis.