
Era mais um dia comum — ou pelo menos deveria ser. Na última sexta-feira, um motorista de aplicativo saiu para trabalhar na Grande João Pessoa e simplesmente sumiu do mapa. Não avisou, não deu notícias. Só o silêncio, aquele que corta a alma de qualquer família.
Três dias. Setenta e duas horas de angústia que parecem uma eternidade quando alguém que você ama some sem deixar rastros. A família, desesperada, moveu céus e terra. Publicou nas redes sociais, chamou amigos, fez o que qualquer um de nós faria. Mas o pior, ah, o pior sempre encontra um jeito de bater na porta.
O corpo foi encontrado neste domingo (29), num lugar que as autoridades preferem não detalhar ainda. A Polícia Civil confirmou — era ele, o profissional que ganhava a vida dirigindo pelas ruas da capital paraibana. A perícia já está no caso, tentando desvendar o que aconteceu naquela noite fatídica.
Um Trabalho Que Virou Pesadelo
Quem dirige por aplicativo sabe como é. Você fica exposto o tempo todo, leva estranhos no carro, confia na sorte — ou no instinto. Esse caso me faz pensar: quantos trabalhadores estão por aí, vulneráveis, enquanto a gente segue com nossas vidas normais?
Os familiares — coitados — estão destruídos. Recusaram dar entrevistas, e quem pode culpá-los? Às vezes a dor é tão grande que nem as palavras saem direito. Eles só confirmaram o básico: era ele mesmo, o desaparecido que tantos procuravam.
O Que Resta Agora?
A Polícia Civil assumiu as investigações e promete fazer de tudo para esclarecer esse crime. Mas a gente sabe como essas coisas funcionam — pode demorar, pode ser que nunca descubram todos os detalhes. Enquanto isso, uma família chora, uma comunidade se pergunta sobre sua segurança, e outros motoristas ficam com aquele frio na espinha.
Parece que a violência escolhe suas vítimas aleatoriamente, não é? Um cara trabalhando honestamente, tentando ganhar seu dinheiro, e acaba assim. A vida prega umas peças terríveis, das que a gente nunca esquece.
O IML (Instituto Médico Legal) vai fazer a autópsia, é claro. Vão tentar descobrir como e quando ele morreu. Mas algumas respostas — as que realmente importam para uma mãe, um pai, um filho — talvez nunca venham.
Enquanto escrevo isso, não consigo deixar de pensar: quantos casos assim acontecem e a gente nem fica sabendo? Quantas famílias passam por esse inferno particular? A cidade continua sua vida, os aplicativos seguem funcionando, mas pra essa família nada será como antes.