
Era um dia comum de consultório em Santos, até que tudo virou de cabeça para baixo. A médica — cujo nome segue em sigilo — mal podia imaginar o pesadelo que estava por vir quando um paciente, um fisiculturista conhecido na região, transformou sua vida num inferno.
"Ela ainda mal consegue falar, mas os olhos já seguem quem entra no quarto", conta a advogada da família, com a voz embargada. Os socos e chutes desferidos pelo agressor deixaram marcas que vão muito além dos hematomas — fraturas múltiplas, traumatismo craniano e danos neurológicos que desafiam os melhores especialistas.
O preço da fúria
O que começou como uma discussão banal sobre um atestado médico escalou para cenas dignas de filme de terror. Testemunhas afirmam que o homem, musculoso e com quase 2m de altura, "perdeu completamente a noção" ao ser contrariado. "Parecia possuído", descreve uma recepcionista que preferiu não se identificar.
- 15 minutos de agressão contínua
- 5 fraturas confirmadas
- 3 cirurgias de emergência
- 47 dias em coma induzido
Enquanto isso, nas ruas de Santos, o caso virou polêmica. "Como um monstro desses estava solto?", questiona uma moradora do bairro onde o agressor treinava. A academia que o contratou como personal trainer já se distanciou — claro, só depois que a merda já tinha atingido o ventilador.
Luz no fim do túnel?
Os últimos exames mostram atividade cerebral promissora. "Quando falamos no nome dos filhos, as pupilas dela dilatam", revela o neurologista responsável pelo caso. Pequenas vitórias numa batalha que promete ser longa — e cara. A família já gastou mais de R$ 300 mil em tratamentos não cobertos pelo plano de saúde.
Do outro lado, o agressor aguarda julgamento na cadeia. Seus advogados tentam alegar "surto psicótico", mas os promotores não estão compando essa história. "Temos vídeos que mostram premeditação", adianta uma fonte do Ministério Público.
Enquanto a justiça não vem, a médica reaprende a viver. Cada movimento, cada palavra — conquistas que antes pareciam banais. "Ela ainda tem um caminho árduo pela frente", suspira a irmã, enquanto ajusta o travesseiro da cama hospitalar. "Mas se tem uma coisa que aprendemos com ela, é que a esperança é a última que morre."