Uma mensagem profética publicada nas redes sociais tornou-se o último registro de vida de uma jovem de 24 anos, vítima fatal da violência que assola o Rio de Janeiro. Horas antes de ser atingida por uma bala perdida, ela compartilhou uma reflexão que ecoa como um alerta sombrio: "Coisas que perdemos a gente recupera, mas pessoas não".
Tragédia no Complexo da Maré
Na noite de quinta-feira (31), por volta das 22h, o som de tiros ecoou pela Avenida Brasil, altura do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. Entre as vítimas estava a jovem, que seguia como passageira em um veículo quando foi atingida por um projétil na cabeça.
O socorro foi imediato, mas já era tarde demais. A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou rapidamente ao local, mas constatou que a jovem já não apresentava sinais vitais. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos cabíveis.
Último registro nas redes sociais
O que torna essa tragédia ainda mais comovente é a publicação que a vítima fez horas antes do incidente. Em suas redes sociais, ela compartilhou um vídeo acompanhado da mensagem que agora soa como uma premonição trágica.
"Coisas que perdemos a gente recupera, mas pessoas não" - essas palavras, que pareciam uma reflexão filosófica sobre a vida, transformaram-se em um epitáfio digital involuntário.
Investigações em andamento
As circunstências exatas do tiroteio ainda estão sendo apuradas pela Polícia Civil. As investigações preliminares indicam que a jovem foi vítima de um confronto entre facções criminosas que disputam o controle da região.
O caso reacende o debate sobre a segurança pública no Rio e a exposição de civis à violência armada em áreas urbanas. Familiares e amigos da vítima se despedem de uma vida interrompida abruptamente, enquanto a mensagem final da jovem permanece como um lembrete doloroso da fragilidade da vida humana.