
A noite de sábado, que prometia ser de descontração e música, se transformou num pesadelo de horror e violência em Simões Filho. Tudo aconteceu numa quebrada conhecida como Rua da Palha, por volta das 23h30 – o som alto da festa foi subitamente varrido pelo estampido seco de tiros. E não foram poucos.
Testemunhas, ainda em choque, contam que tudo foi muito rápido e extremamente violento. Um indivíduo, ou talvez mais de um – ninguém consegue afirmar com certeza – simplesmente chegou atirando. O alvo? Um jovem, cuja identidade a polícia ainda tenta confirmar junto à família. Ele foi atingido múltiplas vezes, num ataque que beirou a execução.
O caos tomou conta do local. Gritos, gente correndo pra todo lado, o medo instantâneo. Não deu tempo de fazer nada. Quando a poeira baixou, o rapaz jazia no chão, gravemente ferido. A ajuda veio rápido, mas já era tarde demais. O Samu fez o que pôde, mas os ferimentos eram graves demais. Ele não resistiu e foi declarado morto ainda no local.
Um Mistério e uma Comunidade em Luto
O que motiva um crime tão cruel? Briga antiga? Dívida? Disputa territorial? A Polícia Civil, através da 19ª Delegacia Territorial (DT Simões Filho), agora embarca no quebra-cabeça de tentar descobrir. Eles estão atrás de pistas, imagens de câmeras de segurança – que hoje em dia são os olhos que tudo veem – e qualquer pessoa que possa ter visto algo. Mas, como sempre nessas horas, o silêncio muitas vezes fala mais alto.
É aquela sensação angustiante, sabe? Um jovem cheio de vida, cujo futuro foi interrompido de forma tão abrupta e violenta. E uma família que agora precisa encontrar forças para enterrar um ente querido, sem ter respostas sobre o porquê. A comunidade fica ali, naquele misto de luto e medo, se perguntando se e quando a violência vai bater à porta de novo.
Enquanto os peritos trabalhavam no local para coletar as provas – cada cápsula de bala é uma letra numa sentença ainda não escrita – o corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT). A verdade é que casos assim ecoam muito além do crime em si. Eles expõem feridas sociais profundas e reacendem o debate, sempre urgente, sobre segurança pública na Bahia.