
Não era para ser mais um dia comum de trabalho. A equipe do G1 Bahia saiu para cobrir uma matéria rotineira em Salvador, mas voltou com histórias que nenhum profissional de imprensa deveria ter que contar. O que começou como uma reportagem qualquer terminou em agressão física — e isso não pode ser normalizado.
Por volta das 15h desta sexta-feira (25), enquanto filmavam próximo ao bairro da Liberdade (sim, o nome é irônico), os jornalistas foram cercados por um grupo que não gostou nada das câmeras. "Foi rápido e violento", relatou um dos repórteres que preferiu não se identificar — medo? Provavelmente.
O que de fato aconteceu?
Detalhes ainda estão sendo apurados, mas sabe-se que:
- Dois profissionais foram atingidos
- Equipamentos foram danificados
- A polícia foi acionada, mas os agressores fugiram
Curioso — ou melhor, revoltante — é que isso aconteceu em plena luz do dia, num local movimentado. Onde estava todo mundo? Quantos viram e fingiram não ver? Perguntas que ficam no ar, assim como o gosto amargo que fica quando a imprensa — aquela que deveria ser os olhos da sociedade — é impedida de trabalhar.
Repercussão e indignação
O Sindicato dos Jornalistas da Bahia já se manifestou, classificando o caso como "um ataque à democracia". Nas redes, a hashtag #ImprensaNãoÉAlvo começou a ganhar força, com colegas de profissão de todo o país expressando solidariedade.
E você, leitor, já parou pra pensar no que significa viver numa sociedade onde informar se tornou atividade de risco? A gente te conta as notícias, mas quem nos protege quando a notícia somos nós?
A Delegacia de Repressão a Crimes contra a Liberdade de Imprensa (DRCLIP) assumiu o caso. Resta saber se, desta vez, a investigação será rápida — ou se vai virar mais um número nas estatísticas de violência contra comunicadores.