A noite de terça-feira, primeiro de outubro, trouxe mais um episódio de violência extrema para as ruas de Macapá. Por volta das 22h, o silêncio do Bairro Nova Esperança foi quebrado por rajadas de tiros que ecoaram pela Rua Piquiá - e deixaram para trás uma cena de horror.
Testemunhas, ainda sob o efeito do susto, contam que ouviram pelo menos oito disparos. Quando a poeira baixou, um homem de 31 anos - cuja identidade ainda não foi divulgada - jazia no chão, atingido por múltiplos projéteis. Dois deles, fatais: um na cabeça, outro no tórax.
O cenário do crime
A Polícia Militar chegou rapidamente ao local, mas os assassinos já haviam desaparecido na escuridão. No asfalto, apenas as marcas do que aconteceu: cápsulas de pistola calibre 380 espalhadas pelo chão, testemunhas mudas de uma execução sumária.
"Foi tudo muito rápido", conta um morador que prefere não se identificar. "Ouvi os tiros, me joguei no chão. Quando olhei, já estava lá... O corpo. É algo que a gente nunca se acostuma."
Investigação em andamento
O caso agora está nas mãos da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os investigadores trabalham com várias hipóteses - dívidas não pagas, rixas pessoais, ou quem sabe envolvimento com facções. A verdade é que, no Amapá, a violência parece não dar trégua.
Enquanto isso, o corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). Lá, peritos farão os exames necessários para detalhar ainda mais a brutalidade do crime.
O que mais assusta, talvez, seja a frieza dos executores. Atirar na cabeça e no tórax não deixa margem para dúvidas: a intenção era matar, ponto final. E deixar uma mensagem clara para quem quer que fosse.
Macapá amanheceu mais uma vez com essa ferida aberta. E a pergunta que fica é: até quando?
