
Salvador acordou sob o impacto de mais um episódio de violência urbana que deixou a população em estado de alerta. Por volta das 14h desta quarta-feira (25), uma cena que parecia saída de filme policial se desenrolou no bairro de Paripe — zona industrial da cidade.
Testemunhas — ainda sob choque — contam que ouviram pelo menos cinco disparos. "Foi tudo muito rápido, parecia roteiro de novela das oito", desabafa uma comerciante que preferiu não se identificar. A vítima, uma mulher de aproximadamente 35 anos (cuja identidade ainda não foi divulgada), não teve chance de reação.
O que se sabe até agora?
A Delegacia de Homicídios (DH) assumiu o caso, mas as informações são escassas. O assassino — que agiu com frieza impressionante — fugiu antes que qualquer um pudesse reagir. Nem placa de moto, nem descrição física precisa. Nada. Só o eco dos tiros e o desespero de quem presenciou a cena.
Curiosamente (ou assustadoramente), o crime ocorreu em uma rua movimentada. "Isso mostra que o bandido não tem mais medo", comenta um morador enquanto acende um cigarro com mãos trêmulas. A Polícia Civil prometeu agilidade nas investigações, mas até o momento não há pistas concretas.
Reações e consequências
Enquanto isso, o clima na região é de tensão palpável. Algumas lojas fecharam mais cedo. Pais buscaram crianças nas escolas antes do horário. Até o camelô que sempre trabalha na esquina sumiu — e ninguém sabe se volta amanhã.
O caso já está sendo comparado a outros crimes não resolvidos na capital baiana. Será que o autor vai continuar impune? A população espera — não sem certa dose de ceticismo — que as câmeras de segurança tenham captado algo útil.
Uma coisa é certa: em Salvador, a violência virou vizinha indesejada que bate à porta sem avisar. E dessa vez, ela entrou sem pedir licença.