
Os números não mentem — e no Acre, eles gritam. O estado, que já foi considerado um dos mais tranquilos da região Norte, agora enfrenta uma escalada de violência que deixaria até os mais céticos de cabelo em pé. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quarta (24), 2024 está sendo um ano negro para os acreanos.
Os dados que assustam
Parece até enredo de filme de terror, mas é a pura realidade: as mortes violentas cresceram assustadores 15% no primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2023. E olha que a gente nem chegou no segundo semestre, tradicionalmente mais violento.
Detalhe que corta o coração: a cada 10 vítimas, 3 são mulheres. Os feminicídios, aqueles crimes covardes motivados pelo simples fato de ser mulher, subiram como foguete — 25% a mais. Cadê o "amor" que deveria estar nesses lares?
O mapa da violência
- Capital Rio Branco lidera, com 45% dos casos
- Cruzeiro do Sul aparece em segundo, com taxas que dobram a média nacional
- Até municípios pequenos, como Feijó, entraram nessa triste estatística
"É como se uma onda de ódio tivesse varrido o estado", comenta um delegado que preferiu não se identificar. Ele, que trabalha há 20 anos na área, diz nunca ter visto coisa parecida.
Raízes do problema
Os especialistas — aqueles que realmente entendem do riscado — apontam três fatores principais:
- Facções rivais disputando território como se fossem reinos medievais
- Crise econômica que deixou muitos jovens sem perspectivas
- Falta de efetivo policial em áreas críticas
E tem mais: o consumo de drogas sintéticas, que deixam os usuários mais agressivos, virou uma epidemia silenciosa. Nas palavras de uma assistente social: "É pólvora seca esperando uma faísca".
O que está sendo feito?
O governo estadual prometeu — de novo — aumentar o policiamento ostensivo. Mas sabe como é, né? Entre o discurso e a prática, existe um abismo. Enquanto isso, a população fica refém do medo, trancando portas mais cedo e evitando sair à noite.
Uma moradora do bairro Bahia Nova, zona leste de Rio Branco, desabafa: "Antes a gente reclamava do calor. Agora o que assusta mesmo é o barulho de tiro à noite".
E você, o que acha que poderia mudar esse cenário? Políticas públicas mais eficientes? Investimento em educação? Ou será que a solução está em algo que ainda não tentamos?