Vice-prefeita de Santos é acusada de desviar verba pública para cerimônia espiritual com mãe de santo
Vice-prefeita usa verba pública em ritual espiritual

Eis que a vida pública reserva surpresas que nem mesmo os roteiristas mais criativos ousariam imaginar. A vice-prefeita de Santos, cujo nome agora ecoa nos corredores do Ministério Público, está no centro de uma tempestade política que mistura dinheiro público e espiritualidade de um jeito, digamos, no mínimo peculiar.

Segundo documentos que vazaram — e como sempre vazam —, a autoridade teria usado uma grana que não era dela para bancar um evento que, convenhamos, não consta no manual de boas práticas governamentais: um casamento espiritual com uma mãe-de-santo. Sim, você leu certo.

Os detalhes que deixam qualquer um de queixo caído

O caso veio à tona quando um daqueles fiscais meticulosos — aqueles que ninguém convida para as festas — notou algo estranho nas planilhas. Valores que deveriam estar cobrindo despesas como... sei lá, asfalto ou merenda escolar, apareciam descritos como "serviços de aconselhamento espiritual".

  • R$ 15 mil em flores raras — porque orquídeas comuns não conectam com o divino, aparentemente
  • Quase R$ 8 mil em "vestimentas ritualísticas" — será que aceitam nota fiscal de túnica bordada?
  • E o clássico: R$ 12 mil em "logística espiritual" — traduzindo: transporte de objetos sagrados em carro blindado

Não bastasse o escândalo financeiro, o timing foi digno de novela das seis. A cerimônia ocorreu justo quando a cidade enfrentava cortes no orçamento da saúde. Coincidência? O MP acha que não.

A defesa? Criativa, no mínimo

O advogado da vice-prefeita — que deve estar ganhando cada centavo do seu honorário — argumenta que tudo não passou de um "evento cultural de matriz afro-brasileira". Segundo ele, "resgatar tradições populares também é função do poder público". Até concordo, mas duvido que os contribuintes esperem que seu dinheiro financie alianças energéticas.

Enquanto isso, nas redes sociais, o povo se divide. De um lado, os que defendem a liberdade religiosa. Do outro, quem pergunta se agora vão taxar as rezas no IPTU. E no meio, como sempre, aquele cidadão que só queria saber por que a rua dele não tem iluminação.

O caso segue sob investigação, mas já rende piadas prontas: "Prefere pagar por ponte ou por passe?" Se depender dos eleitores de Santos, a resposta pode vir nas urnas.