Um episódio inusitado envolvendo dois representantes do poder legislativo abalou a cidade de Santa Bárbara do Pará na tarde desta sexta-feira. Os vereadores Edson Braga Farias, do PSD, conhecido como enfermeiro Edson, e Joaquim Duarte Cordeiro, do Solidariedade, o Kinzinho, foram presos em flagrante pela Polícia Militar. O motivo da detenção foi a prática de pichação em um muro, com mensagens dirigidas contra o prefeito municipal, Marcus Leão Colares, do MDB.
Flagrante e tentativa de fuga
Segundo o relato da corporação, os agentes militares surpreenderam os dois parlamentares no momento em que realizavam os atos de vandalismo. Durante a abordagem policial, a situação ficou ainda mais tensa quando o vereador Kinzinho tentou fugir do local. Os policiais, no entanto, conseguiram contê-lo, e ele precisou ser algemado para que o procedimento seguisse seu curso.
Desfecho na delegacia e liberação
Após a detenção, os dois vereadores foram conduzidos à Seccional Urbana de Marituba. Em nota oficial, a Polícia Civil do Pará informou que os suspeitos foram apresentados na delegacia pela Polícia Militar. No local, foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de pichação.
O procedimento legal seguiu com a assinatura de um Termo de Compromisso de Comparecimento à Justiça pelos dois políticos. Esse termo os obriga a apresentar-se perante a Justiça sempre que forem convocados. Cumprida essa formalidade, ambos foram liberados da delegacia, aguardando as próximas etapas do processo judicial.
Repercussão e contexto político
A prisão de vereadores em flagrante por um crime ambiental e de dano ao patrimônio, especialmente por motivações políticas, gera grande repercussão e levanta questões sobre a conduta de representantes públicos. O ato de pichação, além de configurar um delito, coloca em xeque a imagem dos envolvidos e pode ter desdobramentos no cenário político local de Santa Bárbara do Pará. O caso agora está nas mãos da Justiça, que definirá as possíveis penalidades aos parlamentares.