Um vídeo que circula nas redes sociais está causando comoção em Itacoatiara, interior do Amazonas. Nele, o vereador Carlos Furlan aparece fazendo graves ameaças de comparecer armado às sessões da Câmara Municipal. A declaração explosiva acontece poucos dias após o parlamentar ser condenado à prisão por crimes eleitorais.
Condenação que acirrou os ânimos
Carlos Furlan foi condenado a 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão em regime inicialmente fechado pelos crimes de captação ilícita de sufrágio e conduta vedada aos agentes públicos durante as eleições de 2020. A sentença, proferida pela 15ª Zona Eleitoral do Amazonas, também tornou o vereador inelegível por oito anos.
As ameaças em vídeo
No registro visual que viralizou, Furlan não mede palavras: "Eu vou comprar uma arma e vou entrar armado na Câmara. Eu vou entrar armado, porque eu não confio mais em ninguém". A fala foi feita durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, onde o parlamentar demonstrava evidente irritação com a situação.
O vereador ainda completou, direcionando-se aos colegas de legislatura: "Eu não confio mais em ninguém da Câmara, eu não confio em ninguém. Eu vou comprar uma arma e vou andar armado, porque eu não confio em ninguém".
Reação das autoridades
O caso já chegou ao conhecimento do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que analisa as providências cabíveis. Especialistas em direito eleitoral apontam que as ameaças podem agravar ainda mais a situação jurídica do parlamentar, podendo caracterizar novos crimes.
Contexto da condenação
- Crimes cometidos durante eleições de 2020
- Pena: 4 anos, 11 meses e 15 dias de reclusão
- Regime inicial: fechado
- Inelegibilidade por 8 anos
- Processo na 15ª Zona Eleitoral do AM
Impacto na segurança institucional
A situação preocupa não apenas pelo evidente descontrole emocional do vereador, mas também pela segurança de todos que frequentam a Câmara Municipal de Itacoatiara. Servidores, outros parlamentares e cidadãos que buscam os serviços da casa legislativa agora temem pelo clima de tensão instalado.
O caso exemplifica os desafios da segurança pública e da manutenção da ordem institucional mesmo dentro dos próprios Poderes constituídos, levantando questões sobre como lidar com situações onde autoridades se tornam potenciais ameaças à própria instituição que representam.
