Tarcísio e as Farc: A Polêmica Sem Sentido que Dominou o Debate Político
Tarcísio e FARC: a polêmica surreal da política brasileira

O cenário político brasileiro às vezes parece um teatro do absurdo. Na última semana, assistimos a uma daquelas discussões que fazem você coçar a cabeça e perguntar: "Será que não temos problemas mais urgentes?"

O governador Tarcísio de Freitas virou o centro de uma tempestade em copo d'água — acusações sobre um suposto passado nas FARC colombianas ganharam as redes sociais e até espaços na mídia tradicional. Sim, você leu certo: o atual governador de São Paulo e as FARC.

O que mais impressiona nessa história toda não é nem a criatividade dos detratores, mas sim como uma narrativa tão frágil conseguiu ocupar tanto espaço. Enquanto isso, os reais desafios do estado — segurança, saúde, educação — ficaram praticamente de escanteio.

Os fatos (ou a falta deles)

Vamos aos poucos detalhes que emergiram dessa confusão. A tal acusação surgiu baseada em… quase nada. Uma foto desfocada, supostos relatos não verificados e muita especulação. Nada de concrete, nada de provas substanciais.

O próprio Tarcísio tratou o assunto com a seriedade que merecia: pouca. Em declarações, deixou claro que se tratava de uma tentativa de desestabilização política, algo como "queima de arquivo" em ano eleitoral.

O jogo por trás do jogo

Analistas mais experientes enxergam nesse episódio uma estratégia clássica de distração. Criar polêmicas irrelevantes para desviar a atenção de problemas reais — técnica antiga, mas que ainda funciona em tempos de redes sociais e atenção fragmentada.

Enquanto discutiam as supostas aventuras internacionais do governador, pouco se falava sobre:

  • Os desafios da segurança pública no estado
  • Os problemas crônicos na saúde paulista
  • As deficiências no transporte metropolitano
  • A gestão da máquina pública estadual

Parece conveniente, não parece?

O custo da distração

O pior desse tipo de politicagem é que quem paga o pato é sempre o mesmo: o cidadão. Discussões vazias ocupam espaço que deveria ser dedicado a debates substantivos sobre políticas públicas, gestão e futuro.

Fica a pergunta que não quer calar: até quando vamos cair nesses joguinhos políticos? Quando aprenderemos a diferenciar o que é relevante do que é apenas ruído?

O caso Tarcísio-FARC serve como alerta. Um lembrete de que, em ano eleitoral, precisamos redobrar nossa capacidade crítica e não nos deixar levar por qualquer vento que sopra nas redes.

O debate político merece mais seriedade. E os paulistas, certamente, merecem melhor.