
O vereador Rosinaldo Bual permanecerá atrás das grades após decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou seu pedido de liberdade. A corte manteve a prisão preventiva do parlamentar, investigado por supostamente comandar um esquema de rachadinha na Câmara Municipal de Manaus.
O que é a rachadinha investigada
De acordo com as investigações, Bual teria montado um esquema onde contratava funcionários fantasmas e recebia parte de seus salários de volta. Essa prática, conhecida popularmente como "rachadinha", consiste no desvio de recursos públicos através de cargos comissionados.
O caso ganhou proporções maiores quando as provas colhidas pela Polícia Civil do Amazonas indicaram que o vereador era o principal responsável pela organização do esquema ilícito.
Decisão unânime do STJ
O julgamento no STJ foi conduzido pela Quinta Turma do tribunal, presidida pela ministra Laurita Vaz. Todos os ministros acompanharam o voto da relatora, que entendia haver risco para a ordem pública e necessidade de garantir a investigação.
Em seu voto, a ministra relatora destacou que a prisão preventiva se justifica pela gravidade dos fatos e pela possibilidade de o acusado interferir nas investigações.
Repercussão política no Amazonas
A manutenção da prisão de Rosinaldo Bual ocorre em um momento de intensificação do combate à corrupção no estado do Amazonas. O caso tem gerado grande repercussão na assembleia legislativa e na sociedade amazonense.
Especialistas em direito eleitoral apontam que a decisão do STJ envia um forte recado sobre o endurecimento da Justiça contra crimes de colarinho branco na administração pública municipal.
Enquanto aguarda novo julgamento, o vereador Rosinaldo Bual continua preso, e as investigações sobre o esquema de rachadinha em Manaus seguem em andamento.