Escândalo em São Bernardo: Servidor flagrado com R$ 1,4 milhão pagava contas da família do prefeito, diz PF
Servidor pagava contas da família do prefeito com dinheiro público

Era uma tarde comum em São Bernardo do Campo quando agentes federais bateram à porta do servidor público. O que encontraram? Uma verdadeira fortuna escondida – R$ 1,4 milhão em espécie, cuidadosamente embalado. Mas o pior estava por vir.

Segundo documentos apreendidos, o dinheiro – fruto de desvios, claro – estava sendo usado para um esquema no mínimo curioso: bancar despesas da esposa e da filha do prefeito Marcelo Lima. De restaurantes finos a compras em lojas de luxo, tudo saía do bolso do contribuinte.

O modus operandi

Funcionava assim: o servidor, que ocupava cargo de confiança, emitia notas frias e superfaturava contratos. O dinheiro extra ia parar em suas mãos, que rapidamente se transformava em pagamentos para contas particulares da família Lima. Uma simbiose perfeita – e ilegal, claro.

"É o típico caso de 'farinha pouca, meu pirão primeiro'", comentou um delegado da PF, sob condição de anonimato. "Enquanto a população enfrenta filas nos postos de saúde, essa turma vivia como rei na barriga do pobre."

As provas

  • Extratos bancários mostram transferências regulares para contas ligadas à família do prefeito
  • Notas fiscais "criativas" de serviços nunca prestados
  • Gravações telefônicas comprometedoras (sim, eles foram burros o suficiente para falar disso por telefone)

O prefeito, por sua vez, nega qualquer envolvimento. "Jamais autorizei ou tive conhecimento dessas práticas", disse em nota lacônica. Mas os investigadores não estão convencidos – afinal, como alguém não perceberia R$ 1,4 milhão entrando e saindo da própria casa?

Enquanto isso, o servidor pegou a deles preferida dos corruptos: alegou problemas de saúde e está em casa, sob monitoramento eletrônico. Já a população de São Bernardo fica aí, mais uma vez, com o famoso "déjà vu" da corrupção.