
Eis que a vida pública revela seu lado mais sombrio — e dolorosamente pessoal. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) tornou-se alvo de uma campanha de assédio digital que beira o inacreditável. Um homem, já sob investigação por perseguição contra outras mulheres, enviou à parlamentar fotografias íntimas e mensagens de teor explicitamente ameaçador.
Não foi um episódio isolado, longe disso. O sujeito — cuja identidade ainda não foi divulgada — já era investigado pela 1ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal por perseguição contra outras duas vítimas. Uma delas, pasmem, chegou a registrar ocorrência por ameaças.
Agora a tática se repete: ele usa aplicativos de mensagem para enviar conteúdo inadequado e assustador. E não para por aí. Segundo apurou o G1, as mensagens direcionadas à senadora incluíam não apenas fotos, mas também textos de natureza intimidatória.
O padrão é claro — e assustador
Parece brincadeira, mas é crime. E dos graves. A polícia já tinha aberto inquérito para apurar a conduta do mesmo indivíduo em casos anteriores. Agora, com a adesão de uma figura de destaque nacional como Soraya, o caso ganha contornos ainda mais sérios — e urgentes.
Não é todo dia que uma senadora da República recebe esse tipo de material. Mas ei, aqui está o ponto: seja quem for a vítima, o constrangimento é o mesmo. A violência digital não escolhe cargo ou status.
E as autoridades? Bem, a Polícia Civil do DF confirmou que o caso está sob investigação. A queixa da senadora foi anexada ao inquérito que já corria em segredo de Justiça. Ou seja: tudo está sendo apurado, mas a público — muito se deve ao sigilo.
Não é a primeira vez…
Soraya Thronicke não é novata em situações de tensão. Em agosto do ano passado, a parlamentar já havia sido alvo de outro tipo de violência: uma tentativa de invasão em seu apartamento funcional, em Brasília. Dois homens foram presos na ocasião.
Parece que ser mulher na política — especialmente uma com perfil forte — atrai esse tipo de atenção perturbadora. E olha, isso diz muito sobre o momento que vivemos.
O caso segue em investigação. A expectativa é que a polícia consiga identificar e localizar o autor das mensagens, que insiste em usar o anonimato digital para assediar e amedrontar.
Enquanto isso, a pergunta que fica é: até quando as mulheres — sejam elas cidadãs comuns ou figuras públicas — precisarão conviver com esse tipo de ameaça velada? A resposta, infelizmente, ainda parece distante.