Senador Marcos do Val desafia Justiça e deixa o Brasil — passaporte apreendido não o impediu
Senador desafia Justiça e viaja com passaporte apreendido

Eis que o Brasil acorda com mais um capítulo digno de roteiro de suspense político: o senador Marcos do Val, figura que já esteve no centro de outras tempestades, simplesmente pegou um avião e deixou o país — mesmo com seus passaportes supostamente apreendidos por ordem judicial. O detalhe? Ele garante que tudo foi feito "dentro da lei". Será?

Não bastasse o timing curioso — dias após a decisão da Justiça —, o parlamentar postou uma foto descontraída em seu perfil nas redes sociais, como quem diz: "Problema? Que problema?". A legião de críticos não perdoou. "Isso é o retrato da impunidade que assola o país", disparou um influenciador político, enquanto outros citavam o famoso "jeitinho brasileiro" elevado à enésima potência.

O pulo do gato jurídico

Fontes próximas ao caso revelam que a defesa do senador alega uma brecha: ele teria usado um documento alternativo válido para viagens internacionais. Juristas ouvidos — alguns com a sobrancelha arquivada de ceticismo — divergem. "Se houve má-fé na interpretação da decisão, isso configura descumprimento de ordem judicial", alerta uma professora de Direito da USP, enquanto outro ressalta que "o Brasil não é terra sem lei, mas parece ter leis diferentes para alguns".

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O caso reacendeu o debate sobre o famoso "foro privilegiado". Nas ruas, o cidadão comum que comete um delito sequer consegue renovar seu RG sem ser barrado — já certos políticos parecem jogar com cartas marcadas. Ironia? A conta-gotas, o Ministério Público promete "tomar as providências cabíveis". Enquanto isso, o avião da discórdia já decolou.

As perguntas que ficam no ar

Como um senador com passaporte supostamente bloqueado conseguiu passar pela imigração? Houve conivência de agentes públicos? E o mais importante: quando — e se — ele pretende retornar? Perguntas que, por ora, pairarão como a fumaça dos jets particulares que cruzam o Atlântico com certa facilidade suspeita.

Enquanto isso, nas redes sociais, o meme já se espalha: "Se for preso, pode soltar? Perguntando para um amigo político". O Brasil, esse país onde até as crises viram piada — até deixarem de ser engraçadas.