Numa declaração que ecoou pelos corredores do poder em Brasília, Rui Costa — sim, aquele mesmo que comanda a Casa Civil com pulso firme — soltou o verbo sobre aqueles protestos que misturaram verde-amarelo com… bem, outras cores que não deveriam estar lá.
«Cara, olha só», disse ele, com aquela pausa dramática que políticos adoram, «eu já vi cada coisa na vida política desse país, mas bandeira de outra nação no nosso 7 de Setembro? Isso, pra mim, é novidade completa.»
E não parou por aí. O ministro, conhecido por não fugir do debate, questionou a lógica — ou a falta dela — por trás do gesto. «Que mensagem querem passar? O Brasil merece respeito, principalmente no dia em que celebramos nossa própria história.»
O clima, claro, não está nada ameno. De um lado, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro, que seguem vocalizando insatisfação; do outro, o governo atual, que parece cansado de whatabouteries e gestos simbólicos que mais dividem do que unem.
Rui Costa, aliás, nem precisou mencionar nomes. A crítica foi direta, ácida, mas embalada num tom de quem fala mais de decepção do que de raiva. «A gente até espera protesto, discussão, debate — isso é saudável. Agora, usar símbolo de outro país pra minar o nosso? Não rola.»
E a pergunta que fica — pelo menos nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp — é clara: até onde vai a liberdade de expressão quando ela parece se confundir com deslealdade ao próprio país?
Ninguém sabe, ao certo. Mas uma coisa é fato: o ministro não só falou, como falou para ser ouvido. E a resposta, como era de se esperar, não demorou. Críticos e apoiadores já se digladiam online, enquanto o Palácio do Planalto segue de olho — sempre de olho.
Como vai terminar? Bem, isso é outra história. Mas no calor do momento, Rui Costa deixou claro: algumas linhas não devem ser cruzadas. Nem no 7 de Setembro, nem em qualquer outro dia.
