Prefeito saca arma ao ser cumprimentado por eleitor da oposição em MG; caso vira inquérito
Prefeito saca arma ao cumprimentar eleitor da oposição

Imagine a cena: um evento público, apertos de mão, sorrisos protocolares — aquele teatro político que todos conhecemos. Eis que de repente a cortesia vira tensão pura. Foi exatamente isso que aconteceu em Monte Alegre de Minas, cidade do Triângulo Mineiro que nunca imaginaria protagonizar um episódio desses.

O prefeito José Cândido de Carvalho — ou Zé Cândido, como é conhecido — estava lá, fazendo sua parte, quando um eleitor se aproximou. Nada demais, certo? Errado. O tal cidadão era da oposição, e isso pareceu acionar um botão no prefeito.

Do aperto de mão ao susto

O que deveria ser um simples cumprimento se transformou numa cena de filme. Testemunhas contam que o prefeito, ao perceber que se tratava de um opositor, simplesmente... sacou a arma. Sim, você leu direito. Uma arma de fogo, em pleno evento público, porque alguém ousou cumprimentá-lo sendo do "time rival".

O clima, que antes era de normalidade, congelou na hora. As pessoas ao redor pararam, sem acreditar no que estavam vendo. O eleitor — coitado — deve ter pensado que ia ser seu último cumprimento na vida.

As consequências

Pois é, gestos impulsivos têm consequências. A Polícia Civil não perdeu tempo e abriu inquérito para apurar o caso como ameaça. O delegado responsável pelo caso deve estar se coçando para entender o que se passa na cabeça de um gestor público que age assim.

O pior — ou melhor, dependendo do ponto de vista — é que o prefeito tem porte legal da arma. Mas isso, claro, não dá direito de sair sacando o equipamento por aí como se estivesse no velho oeste.

O que diz a defesa

Obviamente, os advogados do prefeito já entraram em cena. Alegam que foi tudo um mal-entendido, que o gesto foi "preventivo" — como se prevenir de um cumprimento, imagina. Dizem também que o eleitor fez "provocações", mas ninguém além do prefeito parece ter ouvido tais provocações.

É aquela velha história: a versão oficial nunca bate com a dos espectadores. E neste caso, as testemunhas são unânimes em dizer que foi um exagero sem precedentes.

Reflexão necessária

O que isso diz sobre nossa política? Quando um simples cumprimento entre adversários políticos vira motivo para sacar uma arma, estamos num nível preocupante de polarização. E olha que a situação aconteceu numa cidade do interior, onde supostamente as relações seriam mais cordiais.

O caso serve de alerta — e de espelho — para como andam nossas relações políticas. Se nem um cumprimento é mais possível sem que vire caso de polícia, estamos mesmo num beco sem saída.

Enquanto isso, em Monte Alegre de Minas, a população se pergunta: que tipo de representante temos? Alguém que resolve diferenças políticas na base da arma? Perguntas que, infelizmente, ficam no ar — assim como o susto daquele eleitor que só queria ser educado.