
A Polícia Federal (PF) divulgou um relatório contundente nesta quarta-feira (19/06), acusando a atual direção da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) de agir de forma sistemática para dificultar as investigações sobre ações clandestinas supostamente realizadas pela agência.
De acordo com a PF, foram identificados indícios de que a cúpula da ABIN teria criado barreiras burocráticas, ocultado documentos e manipulado informações para impedir o avanço das apurações. As investigações estão relacionadas a operações suspeitas que podem ter violado direitos fundamentais e ferido a legalidade.
Obstrução à Justiça?
O documento da PF destaca que as ações da direção da ABIN configuram possível obstrução à Justiça. Entre as práticas relatadas estão:
- Atrasos deliberados na entrega de documentos requisitados;
- Falta de transparência em processos internos;
- Resistência à cooperação com as autoridades investigativas.
Repercussão política
O caso já começa a gerar forte repercussão no cenário político. Parlamentares da oposição prometem cobrar explicações formais do governo, enquanto especialistas em segurança pública alertam para os riscos de politização das agências de inteligência.
A ABIN, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Fontes próximas à agência afirmam que todas as ações foram realizadas dentro da legalidade.