
Era questão de tempo. Na tarde desta sexta-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), soltou a bomba: determinou, sem meias palavras, a desmontagem do acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que teimava em ocupar a Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Não foi um pedido educado — foi ordem judicial, seca e reta. A decisão saiu depois que a Advocacia-Geral da União (AGU) bateu o pé, argumentando que aquele ajuntamento virou um problema de segurança nacional. E olha que não é exagero: estamos falando do quintal do Congresso, do Planalto e do próprio STF.
O que diz a decisão?
Moraes não brincou em serviço. No documento, ele deixa claro que a Polícia Militar do Distrito Federal tem que agir imediatamente para desocupar o local. E ainda jogou uma pá de cal: determinou que o governo local impeça qualquer tentativa de remontar o acampamento por lá.
Detalhe que não passa batido: o ministro lembrou que, desde 2023, aquele pedaço de chão já tinha virado palco de confusão durante os ataques golpistas de 8 de janeiro. "Não dá pra fingir que é um piquenique inocente", parece ter pensado.
E os manifestantes?
Ah, os tais "defensores da democracia" (entre muitas aspas). O pessoal que estava acampado jurou de pés juntos que não sairia — uns até compararam a situação ao cerco medieval. Só que, desta vez, não tem cavaleiros salvadores chegando.
Curiosamente, enquanto alguns berravam sobre "resistência", outros já arrumavam as trouxas. "A gente volta quando der", murmurou um senhor de chapéu de camuflado, num tom que não convencia nem ele mesmo.
Por que agora?
Bom, o timing é tudo. A AGU entrou com o pedido ontem mesmo, alegando que o tal "Acampamento da Liberdade" (nome bonito, hein?) estava virando um fiasco de segurança pública. E olha que Brasília já tá com os nervos à flor da pele desde aquela baderna de 2023.
Moraes, que não é exatamente um fã de baderna, concordou. Na decisão, ele frisou que manifestação é uma coisa, ocupação permanente é outra — e essa segunda não rola, principalmente no meio do poder federal.
E aí, será que cola? A PMDF prometeu agir "nos termos da lei", o que, em bom português, significa que a ordem é pra ontem. Resta saber se vai ser na base do bom senso ou da enxada — literalmente.