Moraes barra pedido de Gustavo Gayer para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar — entenda o caso
Moraes nega pedido de Gayer para visitar Bolsonaro

Eis que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cortou pela raiz o pedido do polêmico influenciador Gustavo Gayer. O objetivo? Visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. A decisão, seca e sem rodeios, chegou nesta quinta-feira (8) e já está causando burburinho nos círculos políticos.

Não é de hoje que Gayer — figura conhecida por suas posições inflamadas — tenta furar o cerco de isolamento que cerca Bolsonaro. Desta vez, porém, Moraes foi taxativo: "não há direito líquido e certo" que justifique a visita. O ministro ainda lembrou que o ex-presidente está sob medidas restritivas por conta das investigações sobre supostos atos antidemocráticos.

O que dizem os autos?

Nos documentos, Moraes argumenta que a solicitação de Gayer "não atende aos requisitos legais" para esse tipo de autorização. Detalhe: o influenciador não comprovou qualquer vínculo familiar ou profissional que legitimasse o encontro. A defesa de Bolsonaro, por sua vez, mantém silêncio — o que não é exatamente uma surpresa, dado o histórico recente.

Ah, e tem mais: a decisão reforça que o regime domiciliar do ex-presidente não é um "clube social". As regras são claras: visitas restritas a advogados e familiares próximos. Nem mesmo aliados políticos têm passe livre. Será que o pessoal do Planalto já sacou o recado?

O pano de fundo

Desde que trocou a faixa presidencial pela tornozeleira eletrônica, Bolsonaro enfrenta uma série de processos judiciais. O caso mais recente? A investigação sobre suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Enquanto isso, figuras como Gayer insistem em tratá-lo como um "presidente em exílio" — narrativa que, convenhamos, não cola no STF.

Curiosamente, essa não é a primeira vez que Moraes trava tentativas de aproximação. No mês passado, negou pedido semelhante de outro apoiador radical. Parece que o ministro está de saco cheio de quem tenta transformar a residência do ex-mandatário em palco de militância.