
Eis que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu soltar a última foragida daquela baderna generalizada de 8 de janeiro. Alesandra Quirino, que estava escondida nos Estados Unidos — até ser pega por imigração ilegal e mandada de volta pra cá — teve a prisão preventiva revogada. A ordem saiu nesta quinta-feira, mas com um monte de condições, claro.
Não foi uma soltura qualquer, não. Moraes botou ela em regime domiciliar — com tornozeleira, obrigatoriamente — e ainda proibiu a moça de usar internet ou falar com outros investigados. Quer dizer, ela tá em casa, mas praticamente de castigo. Quem manda a informação é a coluna do Valdo Cruz, na Globo.
Pois é. Alesandra tinha fugido pra fora do país depois dos ataques golpistas em Brasília, mas acabou sendo localizada pelas autoridades migratórias americanas. Imigração irregular, né? Não deu outra: foi deportada e chegou ao Brasil no último dia 19, escoltada pela Polícia Federal. Na hora, já foi direto pra cadeia.
E agora, o que vai acontecer?
O ministro não soltou ela à toa. Alegou que, como ela voltou ao país e vai responder ao processo aqui, não faz sentido manter a preventiva. Mas não se engane: as medidas cautelares são duras. Além da tornozeleira e da proibição de se comunicar, ela não pode sair de casa sem autorização judicial. Qualquer passo em falso e volta tudo.
Ah, e tem mais: ela teve que entregar o passaporte. Pra que não se repita a aventura internacional, né?
Com essa decisão, não tem mais ninguém foragido da operação que prendeu os envolvidos na invasão dos Três Poderes. Todos os 1.450 investigados — pasme — já foram localizados. Alguns presos, outros soltos, mas todos dentro do alcance da Justiça.
Parece que o ciclo de fugas acabou. Pelo menos por enquanto.